Arrendamento do Paiol
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de janeiro de 1977
Há mais de um mês, o compositor e publicitário Paulo Vítola fez uma corajosa proposta ao engenheiro - Ennio Marques Ferreira, presidente da Fundação Cultural de Curitiba: a arrendar o Teatro do Paiol, que se constitui hoje num dos maiores problemas da FCC, sem agilização para devolver àquela casa de espetáculos uma programação capaz de atrair público interessado. A proposta de Vítola foi feita a Ennio durante um jantar na pizzaria Landerna, após a estréia do espetáculo "Diário de Bordo", em dezembro último. Informalmente no início, Vítola chegou a oficializá-la, aguardando agora uma decisão. Só que, passado mais de um mês; ainda não obteve qualquer resposta.
Radicado no Rio de Janeiro, com excelente relacionamento no meio artístico, Paulo Vítola acredita que poderá movimentar artisticamente o Teatro do Paiol. Mas só fará isso se tiver amplas condições de trabalho, independente da burocracia oficial, responsável inclusive pelo afastamento de vários empresários artísticos que, no início, colaboravam para que o público curitibano pudesse assistir aos melhores espetáculos da música popular brasileira. Existem dezenas de grandes nomes da MPB interessados em viajar a outras Capitais e que, por certo, viriam a Curitiba. E há também aquelas figuras admiráveis, que mesmo afastadas dos esquemas de consumo, mereceriam também ser prestigiadas. Basta citar dois exemplos: Clementina de Jesus e Moreira da Silva.
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A esperança é que a proposta de Paulinho Vítola, compositor e pessoa humana admirável seja aceita.
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