Artigo em 05.06.1992
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 05 de junho de 1992
A oportunidade de lançamento não poderia ser melhor: aproveitando a realização da Eco-92, entre tantos eventos, a Civilização Brasileira fez chegar nas livrarias "Amazônia: A Guerra na Floresta", de Samuel Benchimol, fundador e catedrático da cadeira de Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Amazonas e reconhecido pelo antropólogo Gilberto Freyre como "o mais profundo conhecedor do aspecto sócio-econômico da Amazônia Brasileira".
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Nas 33 páginas de seu livro, Benchimol evita as lendas e mitos, os arroubos românticos do nacionalismo demagógico para analisar, com clareza, os problemas reais da Amazônia e sugerir algumas maneiras de aproveitá-la corretamente. Assim, propõe a instauração de um imposto internacional ambiental, que universalizaria a responsabilidade conservacionista sem qualquer comprometimento de soberania. "Seria também uma forma de impedir que os países industrializados continuassem a investir sobre a Amazônia".
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Há mais de 10 anos que muito se fala em torno da Amazônia e a Ecologia. Todos a elegeram como "Terra Sagrada" a ser preservada, custe o que custar, da cobiça dos homens. Sua internacionalização é defendida, com a bandeira de ser o "pulmão do mundo" e, hoje mais do que nunca o tema está em evidência". Assim, o livro de Samuel Benchimol surge em hora oportuníssima.
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Editado originalmente como brinde de empreiteira Andrade & Guttierrez, há dois anos, em forma de livro e cassete, com o autor lendo seus textos ao som do violão de seu filho, o músico Manduka, "O Povo Saber e Que Diz" do poeta amazonense Thiago de Mello ganha agora uma edição comercial pela Civilização Brasileira. São adágios populares como "deste mundo nada se leva, mas nem por isso vamos ficar na sombra do boi, porque paciência tem limite e Deus ajuda quem cedo madruga" que Thiago transforma em textos agradáveis, vistos com lirismo e humor.
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