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Aramis

Artigo em 15.03.1992

Apesar de ter sido convidada, com insistência, pelo prefeito Jaime Lerner para assumir a direção de Ação Cultural da fundação Cultural de Curitiba, a jornalista Antonia Eliana Chagas preferiu retornar a São Paulo, onde reside há mais de 10 anos. Ex-repórter de O Estado, Tonica fez carreira no jornalismo, passando por várias publicações nacionais e ocupou por sua competência uma importante editora da Agência O Estado, da qual saiu há poucos meses. xxx Em férias curitibanas, em janeiro Tonica aceitou coordenar a divulgação da X Oficina de Música, que graças ao seu bom relacionamento teve cobertura nacional. Como o prefeito Jaime Lerner sempre admirou Tonica - e busca uma pessoa capaz para acionar a Fundação Cultural, especialmente neste difícil ano político em que tentará reduzir as áreas de atritos de sua administração, o convite para Tonica ocupar o cargo foi natural. Só que, experiente o suficiente para saber os problemas que ali encontraria, Tonica preferiu - segundo seus amigos - de momento, continuar em São Paulo. O cargo de diretora de Ação Cultural da Fucucu está vago desde que o Lerner demitiu em agosto de 1991 a assistente social Celiese Niero, que, naquela função, provocou inúmeros problemas. Demitida, Celise acabou ganhando um "prêmio" de compensação: uma bolsa de estudos na Alemanha. Santa Felicidade é, pela sua formação étnica, um dos bairros com os católicos mais tradicionais. Assim, após muitos anos naquela paróquia - que comemorou há pouco seu centenário - o padre Natal foi transferido para uma missão bem mais difícil: uma pequena comunidade na Rondônia, em Nossa senhora da Penha, localizada em Alto Floresta d'Oeste. Foi substituído pelo padre Maximiliano. xxx Falando em Santa Felicidade, com mais de 50 casas entre restaurantes que ultrapassaram os limites da cozinha italiana, a prosperidade econômica da região proporcionou que também ali se firmasse o primeiro jornal de bairro de Curitiba que consegue se tornar lucrativo: o "Jornal de Santa Felicidade", 2 anos de circulação ininterrupta, 92 números editados, fundado e dirigido por Luis Antonio Sousa da Silva, 41 anos, que casado com uma jovem do bairro, Maria Dorigam, ali se fixou há 13 anos. Ex-colunista e diagramador da Tribuna do Paraná e ainda colunista social do "Correio de Notícias", Luis Antonio conseguiu equilibrar o seu semanário como um veículo de circulação dirigida de 5 mil exemplares e cuja distribuição começa [a] atingir outros bairros - Mercês, Champagnat, Batel, Seminário, Orleans, Campo Comprido, São Braz, Botiatuvinha e Pinheiros. xxx Sempre voltado a bons projetos, a Fundação O Boticário de Proteção à Natureza já entregou a Prefeitura de São José dos Pinhais; 10 mil kits escolares confeccionados com material reciclado. Cada kit é composto de nove cadernos e de um penal plástico, para distribuição aos alunos da rede pública de ensino do município. O material utilizado na confecção dos kits provém da Central de Resíduos da Fábrica de "O Boticário, com sede em São José dos Pinhais e a confecção destes kits resulta de um acordo com as empresas Facelpa e Papelônia, do grupo Trombini - responsáveis pela confecção dos cadernos, e com a Crayon, que executou os penais. xxx Além de sua utilização para os estudantes, os cadernos trazem informações sobre diversos animais que hoje estão em extinção (Cervo do Pantanal, Anta, Tamanduá-Bandeira, Mico Leão etc.) e divulga também os Dez Mandamentos da Ecologia, impressos na última contracapa. Mais uma bela iniciativa do [Boticário], cuja direção de comunicação é do sempre criativo Eloy Zanetti. xxx Quem passou, anonimamente, por Curitiba, durante o Carnaval, foi a produtora Alice Gonzaga Assaf, dona da Cinedia. Filha do pioneiro do cinema brasileiro, Adhemar Gonzaga, Alice já coordenou dois belos livros sobre os tempos da Cinedía. Um encontro no mínimo de temperatura alta para discussão de problemas econômicos: dos empresários mutuários do Badep. Será no dia 20, no Inter Palace Centro de Eventos, reunindo os empresários em torno de problemas comuns envolvendo os contratos de mútuo e formas coativas de cobrança - com a extinção do banco estatal. A promoção é da Turislapa Turismo. xxx Enquanto Fernando Sabino, após o vendaval "Zelia, Uma Paixão", que lhe rendeu o suficiente para viver tranqüilamente até o final de sua vida - não anuncia novo projeto editorial, sua filha, Eliana, que até agora vinha se destacando apenas como excelente tradutora, lança "Sinal verde para um trânsito feliz" (Editora Objetiva). Abordando, de maneira alegre e irreverente, o procedimento insensato da maioria dos motoristas brasileiros. Eliana merece ser convidada pelo prefeito Jaime Lerner - que é amigo de Fernando há muitos anos - para vir a Curitiba autografar este livro destinado "para todas as idades".
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
15/03/1992

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