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Aramis

Assaltos

Dante Mendonça, cartunista e colega, que segurou a peteca para que "Fim-de-semana" adquirisse maior agilidade depois que seu primeiro editor, Jean-Louis Feder deixou a casa, escreveu na semana passada que o ambiente do "Pelourinho" é excelente, há bons músicos, Dante, como todo jornalista honesto, que não gosta de se aproveitar de sua profissão e, acha que o "picadinho relations" é tão corruptor quanto o press-release (que o Cleto de Assis, secretário de Comunicação Social acabou). Prefere tomar um honesto chope pago com o suor de sua pilot - excelente chargista que é, do que na base do favor que custa caro. Dante, neste aspecto, tem razão e merece admiração. Acontece apenas que numa época em que há milhares de músicos desempregados, qualquer casa noturna, honesta, que dê chance a que um cantor sexagenário como Celso, crooner há muitas gerações mas hoje esquecido e em difícil situação financeira, ganhe honestamente o seu dinheiro, valorize o violão de um instrumentista como Ulderico, contrate o conjunto de Janguito do Rosário, para só citar 3 exemplos, merece estímulos. E o couvert artístico ajuda aos donos a pagarem os artistas. No caso do Pelourinho (Rua Visconde de Nácar, entre Cruz Machado/Carlos de Carvalho), seus proprietários Jorge Jung e o (ótimo) cantor Ademir, não tiveram vantagens especiais, como as que foram dadas ao Bebedouro - que começou num próprio da Fundação Cultural, na Praça da Ordem, só crescendo depois - e hoje é a casa que dá mais lucro na noite curitibana, para felicidade de Paulo Camargo e da simpática executiva da casa, Angela (que canta como ninguém "Ronda" de Paulo Vanzoline). Caro por caro, todas as casa noturnas são - mas entre a exploração dos "inferninhos" tipo "Star Dust"- prefiro ainda os preços justos do Pelourinho. Ou mesmo os do Bebedouro. Pelo menos a companhia é melhor
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Nenhum
1
12/04/1979

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