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Aramis

Até Tupi-Guarani no curso universitário

Nos anos 30, e mais especialmente, na década de 40, o chic era estudar francês. Não foi sem razão que quando a inesquecível madame Helena Garfunkel instalou na então provinciana Curitiba a Associação de Cultura Franco Brasileira, as aulas da "Aliança Francesa" tinham centenas de alunos. Terminada a II Guerra Mundial e com a invasão cultural americana, o inglês começou a interessar aos jovens - e o "Inter" - Centro Cultural Brasil Estados Unidos, na sua primeira sede no 5º andar do edifício Moreira Garcez, era o must em termos de sofisticação cultural. Estudar inglês com sotaque americano... xxx Os tempos mudaram e hoje cresce o número de jovens (e também pessoas de meia idade) que buscam cursos de línguas que ninguém imaginaria aprender fora do lar ou da comunidade específica: japonês, russo, ucraniano, polonês, grego, árabe e até tupi-guarani. A experiência desenvolvida pelo Departamento de Línguas Estrangeiras Modernas da Universidade Federal do Paraná, graças a lucidez de seu diretor, professor João Alfredo Dallacosta, vem sendo bem sucedida. Naturalmente, ainda com turmas pequenas, os cursos de línguas tidas como exóticas - mas que abrem ótimos campos profissionais a quem consegue aprendê-las - tem crescido. A taxa é mínima - apenas Cr$ 120 mil por ano, e só graças ao idealismo dos professores é que os cursos são realizados. Por exemplo, Philip Salhad e Laila Jandaih ensinam árabe; Mariano Kawka e Sofia Dymynski fazem os alunos mergulharem nos segredos do idioma polonês; Nadia Lewtchuk Kerecuk e Olga Kalko estão conseguindo fazer com que brasileiros aprendam ucraniano. Há cursos também de russo, japonês e tupi-guarani - este aliás, neste semestre, desativado. Claro que há necessidade de entusiasmo e dedicação para mergulhar neste universo linguístico que oferece dificuldades. Mas há jovens entusiastas pela oportunidade de ampliarem seus conhecimentos através dos cursos oferecidos pela UFPR.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
13
01/03/1986
Que lástima que haja sido desativada as aulas de tupi guarani. Perdemos a oportunidade de conhecer os costumes, tradicoes, pensamentos dos que foram senhores desta terra, e tao rica a linguagemque hoje aparece como nome de cidades, nome de pessoas, nomes na botanica, na zoologia. Que lástima. E olha que o guarani nao é uma lingua morta. Todo norte argentino (aliás é lingua oficial de Corrientes - |Argentina), Paraguai inteirinho e parte do Mato Grosso do Sul.
Ola, a gente aqui no Brasil nao usa mais Cruzeiros, nao. A gente usa Real. E a moeda de todos nos vai se chamar Surreal, o dinheiro unico dos brasileiros, paraguaios, Uruguaios, Chilenos, Argentinos, enfim de toda area do sul continental da America, Mas, o problema eh o Tupi guarani, se nao colocar o Tupi guarani como lingua junto do portugues e espanhol e ingles o Mercosul fica bloqueado. E o dinheiro da Asia pode ser cherokee ou sakura.

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