Carnaval da neve
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de novembro de 1975
A nevada de 17 de julho de 1975 não ficará apenas nas milhares de fotos e filmes coloridos, que registraram Curitiba Branca de Neve.
Quando os flocos caiam, um compositor amador, Américo Lopes, 68 anos fazia uma bonita marcha, que merece inclusive uma divulgação maior. Incorporador do balneário Ipanema, em nosso Litoral, fundador e presidente do ativo clube ali existente, Américo tem muitos sambas e marchas mas, homem modesto, nunca tentou romper o esquema e divulgar seus trabalhos. Agora, tem uma marcha comunicativa de temática atual, e que poderia até inspirar o enredo de algumas de nossas escolas-de-sambas no próximo Carnaval. Que, tem muito em comum com o inverno, a neve e o frio.
A propósito: enquanto os sambas-de-enredo de todas as escolas do Rio e São Paulo, já estão nas ruas, em gravações, em Curitiba até agora parece que nenhuma das pobres escolas sequer lembrou-se de que o Carnaval está chegando, Como sempre, seu dirigentes só tomarão consciência disso, 3 semanas antes. Quando forem a Prefeitura, reclamar a liberação das gordas subvenções.
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O radialista Pedro Borali, um dos idealizadores da Associação das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos de Curitiba, de cuja presidência, oficialmente, parece não ter se desligado, preferiu abandonar os tamborins e pandeiros. Está prospero como assessor de Antonio Buiar em seu escritório de registro de marcas e parentes.
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