Login do usuário

Aramis

A Cidade & O Tempo

Dentro de alguns meses, quando a Impressora Paranaense S/A transferir-se totalmente para suas novas instalações na BR-166, km 2,5, no bairro do Xaxim, uma grande área da rua Comendador Araújo estará sendo aberta para um novo projeto imobiliário, embora a diretoria da empresa ainda não tenha se decidido, em definitivo, com relação a forma que utilizará a valiosa propriedade, onde há 64 anos funciona a histórica empresa. xxx A Impressora Paranaense, em suas origens, está vinculada ao próprio processo de criação da Província do Paraná, nascida em 1853, uma vez que parte do mesmo equipamento tipográfico utilizado na edição do primeiro jornal que surgiu em Curitiba - o "Dezenove de Dezembro" - integraria a primitiva oficina da empresa, fundada em 1888 por um grupo de empresários, entre os quais o ervateiro Ildefonso Pereira Correia (1848-1894), o Barão do Serro Azul. A litografia se destinava basicamente a produzir rótulos coloridos aplicados nas barricas de erva mate exportadas para o mercado platino. O mate, que era então a próspera economia do Paraná, condicionava o aparecimento de indústrias complementares, como a de barricas, logo seguida da indústria gráfica. xxx Em 18 de dezembro de 1890 a firma transformou-se numa sociedade por ações - fazendo parte majoritariamente o Barão do Serro Azul e Jesuíno Martins Lopes, filho do tipógrafo João Luiz Pereira, primeiro impressor do "Dezenove de Dezembro", que havia vindo em 1853 de Niterói, trazido pelo governador Zacarias de Góes e Vasconcelos (1815-1877). Em 1912 deu-se a fusão da Impressora Paranaense com a Litografia de Max Schrappe (1873-1942), estabelecida em Joinville mas com filial no Batel, onde hoje existe o Restaurante Cruzeiro. Em 1896, após a morte do Barão do Serro Azul, a sua viúva havia vendido sua parte a Francisco Folch (1867-1917), um litógrafo de origem espanhol que trabalhava na Impressora, então funcionando na rua do Riachuelo. Hoje uma das maiores empresas gráficas da América do Sul, fornece as maiores indústrias, principalmente rótulos para a Brahma. Assim como quando nasceu fazia os rótulos para os barris de erva-mate embarcados em Paranaguá. LEGENDA FOTO - O Barão
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
4
22/06/1974

Enviar novo comentário

O conteúdo deste campo é privado não será exibido publicamente.
CAPTCHA
Esta questão é para verificar se você é um humano e para prevenir dos spams automáticos.
Image CAPTCHA
Digite os caracteres que aparecem na imagem.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br