Cinema em números
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de junho de 1974
Em relação aos anos anteriores, a entrada de filmes estrangeiros no Brasil em 1973 apresentou uma pequena queda: originários de 19 países, foram lançados em nossos cinemas exatamente 414 filmes, 10 a menos do que em 1972. Em 1971, os brasileiros assistiram 410 produções de 18 países, em 1970, 389 e em 1969, 469. Em relação a nossa produção cinematográfica em 1972 foram realizados 70 longa-metragens, em três Estados: Guanabara (33), São Paulo (22) e Rio Grande do Sul (2).
Uma demonstração da pobreza da cultura cinematográfica no ano que passou está no setor editorial: apenas nove livros relacionados direta ou indiretamente à chamada Usina de Sonhos apareceram em nosso País: "Plano Geral do Cinema Brasileiro", do cineasta mineiro Geraldo Santos Pereira; "75 Anos de Cinema Brasileiro", de Araken Campos Pereira Júnior (176 páginas, edição mimeografada); "O Fantástico Mr. Hughes", de Noah Dietrich, em tradução de Juarez Barroso; "Cinema, Estudos de Semiótica", de Violette Morin, Claude Bremond e Christian Metz; "Chaves do Cinema", de Berthélemy Amengual e três livros sobre Marilyn Monroe (1923-1962): o carro-chefe de Norman Mailer, pela Civilização Brasileira, e os estudos de Joan Mellen (Artenova, 152 páginas) e "Marilyn: A Única História Não Revelada", de Norman Rosten.
O curioso no levantamento elaborado pela pesquisadora Elena Zanotti, da Cinemateca do MAM-GB, é que os lançamentos japoneses - em segundo lugar após a produção americana - (110 em 69; 101 em 1970; 100 em 1971; 113 em 1972 e 98 em 1973) - permanecem inéditos em Curitiba. Enquanto todos os filmes americanos chegam regularmente às nossas casas, as produções nipônicas não passam de Londrina, Maringá e Assaí no Paraná.
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