Clássicos da Eldorado
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 10 de dezembro de 1988
O Estúdio Eldorado é uma etiqueta que tem dado a maior força à música erudita brasileira. Pioneiramente, lançou CDs, com o pianista João Carlos Martins interpretando "Cravo bem temperado", de Bach, e de seu catálogo constam já uma dezena de títulos dos mais expressivos. A estes vem se acrescentar agora um elepê da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília, regida pelo maestro Cláudio Santoro.
Gravado ao vivo, em Brasília, o disco vale como um documento do que faz atualmente aquela sinfônica. O repertório é convencional - misturando autores estrangeiros como Eduard Elgar ("Pompa e Circunstância"), Dvorak ("Dança Eslava número 2"), Johan Strauss ("Vinho, Mulheres e Músicos"), Franz von Suppé (Abertura de "O poeta e o camponês") e Johannes Brahms ("Dança húngara número 5") com autores brasileiros. Entre eles, temos Oscar Lorenzo Fernandes com o batuque "Dança dos negros" da Suite Brasiliana "Reinado do pastoreio"; a toccata de "O trenzinho do caipira", de Villa-Lobos, e uma composição do próprio Santoro - "Canto de amor e paz".
Promovendo anualmente o Prêmio Eldorado de Música, o Estúdio Eldorado edita naturalmente os jovens premiados desde o concurso bancado pelo grupo O Estado de São Paulo. Agora saiu o elepê da pianista Yuki Nishikawa, vencedora da edição-1987. A virtuose-revelação paulista, 22 anos, interpreta peças de Ludwig van Beethoven (1770-1827) e Claude Debussy (1862-1918).
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