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Aramis

Copel e Telepar, há 15 anos estão entre as 200 maiores

Desde 1966, quando a "Visão" lançou o primeiro "Quem é Quem na Economia Brasileira", duas empresas estatais do Paraná estão entre as 90 que sempre estiveram entre as 200 maiores: a Copel e a Telepar. Com pequenas variações, a presença destas duas estatais, é um dado significativo na análise anual que uma equipe de técnicos faz sobre a saúde econômica do País, retratada num volume que se constitui hoje em obra referencial indispensável. As 10 maiores empresas do Brasil continuam as mesmas de 1980 - e todas são, naturalmente, estatais: Rede Ferroviária Federal, Eletrobrás, Petrobrás, Companhia Energética São Paulo, Telebrás, Telesp, Light (que era a 7a em 80 e passou agora para o 8o lugar), Companhia Vale do Rio Doce (de 8a para a 7a posição), Metropolitano de São Paulo e Furnas (que também alternaram suas classificações). A COPEL, que em 1980 estava em 27o lugar, abaixo da Mercedes Benz, caiu agora para 28a posição, abaixo da Companhia Hidro Elétrica São Francisco e das Indústrias Votorantim, enquanto a Mercedes Benz - apesar da crise do setor de veículos, subiu para a 20a posição. Já a Telepar subiu dois degraus: da 58a posição do ano passado - abaixo das Centrais Elétricas de Goiás, passou agora para o 56o posto, abaixo da Aracruz Celulose (RJ), mas dois pontos acima da Brahma e Klabim. xxx Como registramos ontem, Hermes Macedo S/A mantém o seu destaque - 107o entre as maiores, 59o por faturamento e 41o por lucro. No quadro das 200 maiores, apenas mais três referências a empresas com sede no Paraná: a Portland Rio Branco em 170o lugar; a Usina Central do Paraná de Porecatu, em 180o e a Sanepar em 82o. A divisão setorial das empresas analisando se as maiores de cada área, constitui o centro do "Quem é Quem". Interessante é encarar a concentração, através da óptica da geografia, verificando em quais unidades da Federação há maior acúmulo de empresas das tabelas setoriais. São Paulo sedia 3.029 das 7.535 empresas, o que corresponde a uma participação de 40,2%. Em conjunto, os seis Estados em que mais se localizam empresas das tabelas setoriais (São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, nessa ordem) [abrangem] quase 80% do total de empresas da lista (77,9%). Não há, por outro lado, nenhuma unidade da Federação que deixe de ter pelo menos uma representante nas listas setoriais do "Quem é Quem 81", com exceção do território de Fernando de Noronha. No setor Agropecuária e Silvicultura - com 661 empresas, há 31 citações do Paraná. Do total das empresas da área, 641 são controladas pelo capital privado nacional. Há apenas 14 empresas controladas pelo capital estadual e seis por capitais estrangeiros. Neste quadro, a Cooperativa Agropecuária Mourãoense Ltda - COAMO, volta a se destacar - no quadro das maiores por faturamento aparece em 131o lugar e em 179o lugar entre as maiores por lucro. Assim, a COAMO, é hoje a 10a maior empresa no quadro de agricultura do País. Depois vem a Técnica Florestal (16o), Bamerindus Empreendimentos Florestais (17o), Agropastoril São Bento (23o), Modo Battistella (30o), [Sbaraini] Agropec. (65o), Cooperativa Agropecuária de Cascavel (75o), Fazendas Reunidas Paraná (132o), José Zancanaro (135o) - para só ficar entre as 200 primeiras. xxx Entre as 48 indústrias de cal e cimento, três destaques do Paraná: a Portland Rio Branco, com seu patrimônio líquido de Cr$ 5.302.500.000,00 é a segunda do País - abaixo apenas da Portland Itaú. A Itambé, fundada há menos de 10 anos e com capital de Cr$ 1.287.400.000.000,00 com um lucro líquido de 518 milhões em 80, está em 27o lugar, acima da Itaú do Paraná (29o [lugar]). No quadro de cerâmica, a Incepa, com sede em Campo Largo, patrimônio líquido de Cr$ 3.034.800.000,00 ficou em 4o lugar, abaixo apenas de três fortíssimos grupos - Brasilit, Eternit e Klabin Cerâmica. Já a Cerâmica Florença aparece em 35o lugar e, em 89o lugar, a Cemopar - Cerâmica Moderna Paraná S/A. xxx Apenas duas siderúrgicas do Paraná estão classificadas no quadro do "Quem é Quem": a Guaíra, com patrimônio líquido de Cr$ 750.000.000,00, em 34o lugar e a Fundação Munk Paraná, com patrimônio de Cr$ 310.900.000,00, em 47o posto. Já no quadro de produtos metalúrgicos diversos, mais abrangente (laminação, forjaria, fundição, estamparia etc.), a Metalúrgica Santa Cecília em 231o, a Bratal Ferro e Aço em 273o, a Automolas Equipamentos em 288o e a Cia. Multi em 299o. Outro setor onde ainda é quase insignificante a presença paranaense é de máquinas, motores e equipamentos industriais (inclusive elétricos): a Sund Emba Bhs. Ind. Maqs. Está em 124o a Metalúrgica Schiffer em 126o, a Satel S/A em 195o , a Iok em 198o, a Eletrofio em 202o e a Omeco em 222o. Já entre as indústrias de máquinas, aparelhos e instrumentos para escritório, a SID - Sistemas de Informação e Distribuição, garante a única citação do Paraná: ficou em 8o lugar, abaixo de multinacionais como Johann Faber, Bic Olivetti, Sharp, e Xerox, entre outras. xxx A Inepar S/A, instalada há poucos anos na Cidade Industrial de Curitiba, já é a 14a empresa, na área de material elétrico - onde a Micrilite supera a Siemens, Pirelli entre outras multinacionais. A Lorenzetti - Porcelana Indústria ficou em 42o. Entre as empresas de aparelhos domésticos e material de comunicação, a Refrigeração Paraná está em 14o, enquanto a Britânia Eletrodomésticos - em 30o. Entre as 11 empresas de veículos automotores, a Volvo, com seu patrimônio líquido de Cr$ 2.042.300.000,00 é a 7a do Brasil - abaixo da Scânia, Fiat, Ford, GM, Volkswagen e Mercedes Benz - mas superando a Toyota, Gurgel e Puma. xxx É no setor madeireiro que a sigla PR aparece com maior constância. Afinal, apesar de todas as crises, esta é a área onde, tradicionalmente, a economia paranaense teve maior destaque. Entre as 60 maiores fábricas de móveis e artesanato de decoração, a Estil fica em 3o, a Oggi em 14o, a Guelmann em 47o e a Balar em 60o. 43 das 44 maiores madeireiras do País estão no Paraná: A Madeireira do Paraná S/A, que tem um patrimônio líquido de Cr$ 2.237.500.000,00 e apresentou um lucro de três bilhões em 80, é a terceira do País, enquanto a Placas do Paraná, com seu patrimônio líquido de Cr$ 1.739.300.000,00 é a 5a. Seguem-se as Serrarias Irmãos Fernandes (7a), F. Slaviero (8a), Antonio de Pauli (9o), João José Zattar (13o ), Imaribo (16o), Carlos Sabarini (19o), Dissenha S/A (20o), Berneck & Cia (22o), Ibema (29o), Miguel Forte (31o), Wagner (35o), Selectas (37o), Bom Pastor (38o), Gugelmin (48o), Mapin (50o), J. Bettega (56o), F. V. de Araújo (57o), Lavrama (62o), Bataschin (63o), Bordin (68o), Dal Pal (71o), Agostinho Zarpellon e Filhos (72o), Andreazza Madeiras (74o), Wiegando Olsen (78o), Salvatti (79o), Thomasi (82o), Novo Mundo (91o), Pinhalão (99o) - para só ficar na citação entre as 100 primeiras. Na área de fábricas de papel e papelão, a Aracruz Celulose é hoje a maior do Brasil, superando a Klabim. A Cocelpa Celulose Papel Paraná está em 11o, seguido da Lutcher (21o), Facelpa (29o), Bonet (44o), Mirtilo Trombini (47o), Santa Maria (50o), entre as sediadas no Paraná.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
6
18/10/1981
Gostaria de saber se o grupo Trombini ira reativar a antiga fabrica da Lutcher pois ja se fazem muitos anos que adquiriu o que sobrou da companhia ,e a nossa região esta carente de um grande desenvolvimento acredito eu que o Grupo Trombini readivaria pelo menos a fabrica de cloro soda se o Prefeito de Foz do Jordão dessa a sua colaboração existindo uma real e grande possibilidade de reativar a Fabrica de Papel e Celulose tambem...uma outra dica as casas que estão abandonados na Vila da Lutcher poderiam serem vendidas atraves de financiamento pela Caixa Economica Federal da seguinte forma fazendo uma reunião entre Prefeito ,Empresa e os moradores interessados em morar na antiga Vila da Lutcher ,comprometendo se a companhia Trombini de lotear a vila e de entregar as casas reformadas assim não teria que se preocupar com a segurança pois poderia a vila ser em sistema de condominio já que possui estrutura para tal e a baixo custo contando com cercas e guaritas assim Foz do Jordão ganharia já que pessoas do municipio comprariam para morar e tambem de outros lugares pela proximidade com a usina de Salto Segredo.

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