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Das grandes gravadoras, a Phonogram é uma das que mais acredita na constante elevação do poder aquisitivo dos compradores de discos. Pois a cada mês, a multinacional etiqueta lança mais coleções, com vários elepês, daquelas de darem água na boca dos fãs de música erudita (Beethoven, 60 lps; Vivaldi, 10 elepês, série "Personalidades", 7 volumes), jazz (Jazz History, 25 volumes; Jazz Masters, 13 volumes), pop (Pop History, gigantes Pop), música popular (Autógrafos de Sucesso, Série Histórica, as prometidas séries sobre Samba, Marcha-Rancho e Sambas-de-Enredo), enfim, numa diversificação de projetos que atinge todas as faixas. A maioria das produções especiais são de responsabilidade de Mauricio Quadrio, cujo vigor e talento não nos cansamos de lembrar em nossos comentários. Agora, porém aparece uma coleção, que embora projetada inicialmente por Mauricio, acabou sendo realizada por Armando Pitigliani: "Encontros" (caixa com 3 elepês, setembro/75). Detendo um excelente acervo, não só do selo Philips, mas também da Elenco, Forma, Polydor e outras subsidiárias, pode ser montado uma antologia de eventos realmente importantes da MPB nos anos 60. Dos primeiros shows da Bossa Nova, produzidos (e gravados) por Aloysio de Oliveira, ao atual show que reúne Chico e Maria Bethania, no Canecão, houve dezenas de oportunidades para os nomes de grande popularidade de nossa emepebe se encontrarem, de forma que deste material farto, só bastou selecionar aquilo que Pitigliani considerou como mais importante. O resultado é uma coleção que embora relativamente dispendiosa (Cr$ 150,00), se constitui num documento da MPB nos anos 60 e 70, indispensável aos jovens interessados em ouvirem o tempo perdido. No primeiro elepê temos "Que Pena" com Gal Costa e Caetano (1969), "Das Rosas", com Caymmi e o Quarteto em Cy (1967), "Quem Mandou" (Pé na Estrada) com Gil e Jorge Ben (1974), "These Are The Songs" com Elis e Tim Maia (1969), "Este Teu Olhar/Só em Teus Braços" com Sylvia Telles (1934-1966) e Lúcio Alves (1965), "Samba Pra Vinícius" com Chico e Toquinho (1974), "Águas de Março" com Elis e Tom (1974), "Samba em Prelúdio", com Vinícius e Odette Lara (1966), "Amiga", com Claudete Soares/Ivan Lins (1970), "Joana Francesa" com Chico e Fagner (1973), "Formosa" com Nara Leão e Maria Bethânia (1972) e "Ponteio" com Edu e Marilia Medalha (1967). No segundo elepe, temos Chico e Caetano cantando "Você Não Entende: Nada" e "Cotidiano" (1972); Nara e Edu, cantando "De Onde Vens" (1967); Maria Bethania e Jorge Ben, em "Mano Caetano" (1970), Elis e Gil cantando "Ladeira da Preguiça" (1973); Dick Farney e Norma Bengell cantando "Você" (1964), Gal e Bethania cantando "Oração de Mãe Menininha" (maio/73, "Phono-70"); Toquinho, Vinícius e MPB-4 em "Samba da Volta" (1974); Veloso e Ben, em "Charles Anjo 45" (1969); Tom e Caymmi em "Saudade da Bahia" (1964); Claudete Soares e Gil em "Clara" (1968). Finalmente, no terceiro elepe, um pot-pouri de sambas com Elis e Jair Rodrigues, da série "O Fino da Bossa" (1965); Edu e Maria Bethânia em "Prá Dizer Adeus" (1966); Gal, Gil e Caetano em "País Tropical" (1969); Toquinho, Vinícius e Quarteto em Cy em "Carta ao Tom,75"; Nara e Fagner em "Penas do Tiê" (1973); Chico e Elis em "Noite dos Mascarados" (81967); MPB-4 e Quarteto em Cy em "Canção a Medo" (1966); Nara e Sidney Miller (em "A Estrada e o Violeiro" (1967); Quinteto Violado e Dominguinhos em "Sete Meninas" (1975).
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Música
32
02/11/1975

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