Elke, a maravilha para o Franciscano
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de agosto de 1980
Como a revista "Rio de Cabo a Rabo" (Teatro Guaíra, até o dia 10 de agosto, 21h30 min) foi concebida especialmente para o espírito carioca, o autor Gugu Olimecha, que também está no elenco (assim como o diretor Luis Mendonça) está se preocupando em anotar nomes e fatos locais, que possam se encaixar dentro dos dialogos, dando maior humor local ao espetáculo que, durante 9 meses, lotou o Teatro Rival, no Rio de Janeiro. E nisto, Gugu tem ajuda de todo o elenco, a começar por Elke Maravilha que começou já na quarta-feira, após a estréia, esticando, com um grupo de colegas no restaurante Palácio. Ali, no esfumaçado ambiente, enfrentando um sanmgrento churrasco entre goles de vinho branco, a loira atriz já anotou alguns nomes conhecidos que estarão sendo citados a partir de hoje na peça em cartaz no Guaíra.
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Paulo Bruel, formado em administração de hotéis, experiencia na área, convidou Elke para ser madrinha do "Franciscano", restaurante que inaugura na próxima quinta-feira, na Rua São Francisco, em pleno setor histórico da cidade. Bruel, 31 anos, vivência internacional bem relacionado, pretende tirar a caveira-de-burro que a incompetência dos que os antecederam naquele ponto parece ter ali plantado: tanto a "Taverna do Rei", como a pizzaria "Tia Carmen" fracassaram por falta de melhor serviço e preços escorachantes. Bruel vai funcionar com um cardápio variado, introduzindo almoço para executivos sem hora fixa de fechar e atendimento personalisado. Para padrinho da casa, convidou o jornalista Claudio Manoel da Costa, por quem aliás Elke se entusiasmou ao ponto de incluí-lo com uma simpática referência, num diálogo de "Rio de cabo a rabo". Bairros e ruas também serão mencionadas, a começar pela Vila Parolim e, agora, o "Quatro Bicos", nome que diz muito à boemia curitibana.
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Elke Maravilha, no registro civil Elke Gergienna Grunupp, nascida em Leningrado, 22 de fevereiro de 1945, e que passou a infancia e adolescência no interior de Minas Gerais, se classifica "ante de tudo uma mulher alegre e de paz com o mundo". Isso justifica o seu sorriso panorâmico afivelado em seu belo rosto. A presença no júri do Chacrinha é, para ela, não apenas um trabalho importante, "uma curtição agradável", como uma forma de comunicar-se com público cada vez maior um dos fatores por que "Rio de Cabo a Rabo" tem condições de consumir um público em escalada nesta temporada. Como atriz, depois de dividir com a cantriz (cantora e atriz) Zeze Motta, o principal papel feminino de "Chica da Silva" (1974, de Cacá Diégues), estrelou "A Noiva da Cidade", de Alex Viany, rodado em Volta Grande. Interior de Minas Gerais - filme sugerido por uma idéia de Humberto Mauro (83 anos, 55 de cinema, o mais importante realizador brasileiro), e que estréia esta semana, finalmente, no Rio de janeiro. A exemplo de Zezé Motta, Elke também vai se tornar cantriz: estreará gravando um elepe com suaves modinhas mineiras, que se ajustam à sua voz.
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