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Aramis

Em defesa dos profissionais

Hilton Ronald Alice, pianista, líder do Samjazz Quintet e que está, mesmo interinamente tentando agilizar a Ordem dos Músicos do Brasil - secção do Paraná, há anos amorfa devido ao desinteresse de seus velhos dirigentes, conseguiu sensibilizar os tecnocratas da Secretaria de Finanças para a necessidade, de, a exemplo do que ocorre em outros Estados, os restaurantes, boates, bares, etc.; que mantém música ao vivo e shows, terem chance de reduzirem estas despesas no ICM. Os assessores do secretário Jayme Prosdócimo, afinal, mostraram-se sensíveis a justa reivindicação, a qual complementará a honesta e necessária portaria da Sunab que, a partir do dia 1º de setembro, proíbe a cobrança de "couvert artístico", "consumação mínima", "ingressos" e outras desculpas para exploração do público, nas casas que não tiverem programação de música ao vivo. Aliás, as infelizes declarações do jovem milionário Luís Alberto Silva Ribas, proprietário das "discotheques" Jacquie e Flash, em relação ao assunto, já estão sendo rebatidas por Hilton Alice. Alegar que a "(freqüência( se dá justamente pelo fato de apresentarmos fitas com músicas estrangeiras", lembrada por Ribas, apenas confirma a necessidade do governo disciplinar rigorosamente, o funcionamento das "discotheques". Pois, a alienação musical, com o oferecimento do som supérfluo internacional, que as "discotheques" criam, já coloca a questão na área da segurança nacional, em termos de cultura brasileira.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
4
21/08/1977

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