Entre a AM/FM, os troféus aos veteranos profissionais
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 02 de abril de 1992
Equilibrando as premiações entre trabalhos de equipe e alguns (poucos) destaques individuais, os Melhores do Rádio-I acabou consagrando a rádio Independência-AM que levou sete das premiações: [melhor emissora, melhor locutor] (melhor dizendo, deveria ser "comunicador") - Luis Carlos Martins; departamentos artísticos, jornalismo e comercial; melhor contato (Vicente) e repórter (esportivo) de campo (Foguetinho). A Cidade, também saiu bem classificada: programa policial ("Richard Chab contra o Crime"), narrador (Lombardi-Jr.), comentarista (Valdir Gomes) e equipe esportiva; programação musical.
Augusto Canário (Rádio Eldorado) recebeu o prêmio de melhor repórter policial, categoria das mais disputadas.
xxx
Entre as FMs (Frequência Modulada) a Transamérica, teve quatro troféus: emissora, departamento artístico e programação musical. A Antena 1 ficou com os prêmios de jornalismo, departamento comercial e contato (Castro). A FM-104 [(grupo Independência)] com os prêmios de locutor (Rosalmo Vargas) e departamento de promoções.
xxx
Cinco profissionais dos mais admirados do rádio paranaense - e este repórter (pelo trabalho que tentamos fazer na elaboração da história deste veículo de comunicação do Paraná) mereceram homenagens especiais: Alcides Vasconcelos, Luiz Nivaldo Maciel, [Gilberto] Fontoura, Euclides Cardoso e João [Lydio] Seiller Bettega. Todos veteranos, com mais de 30 anos de atuação em diferentes prefixos, nas mais diferentes funções, representam o rádio de melhor qualidade que sempre se procurou fazer no Paraná. Nivaldo Maciel, 52 anos, 40 de rádio, técnico de som de equipe esportiva de Lombardi Junior, chamou atenção para a importância dos técnicos de som, "sem o qual os homens da latinha não entram no ar", até hoje sem qualquer amparo profissional, com salários de indigentes.
[Gilberto] Fontoura e Euclides Cardoso lembraram os tempos heróicos Guairacá, a Voz Nativa da Terra dos Pinherais, depois Rádio Iguaçu, cujo lacramento, por perseguição política do governo Geisel ao empresário Paulo Pimentel, foi citado por "kid" Cardoso como um dos momentos tristes de nosso rádio.
Alcides Vasconcelos, 60 anos, uma das belas vozes do Paraná, garantiu que "resiste' a aposentadoria e prosseguirá "por muito tempo" ainda no rádio, hoje nos microfones da Scala-FM.
João Lydio (Didier) Seiller Bettega, do alto de seus 45 anos de rádio, dos tempos da Marumby ao comando hoje de Ouro Verde-AM/FM/Caiobá, foi o último homenageado da noite. Verdadeiro homem-símbolo de nosso rádio, ao qual dedicou toda a sua vida, resumiu numa frase o significado da noite:
-É preciso mostrar que o rádio ainda continua, vivo!
LEGENDA FOTO 1
Gilberto Fontoura: vivência em vários prefixos
LEGENDA FOTO 2
Didie Bettega o símbolo de nosso rádio
Enviar novo comentário