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Aramis

A Estadual é agora da Cultura. O que Fazer?

A professora Suzana Munhoz da Rocha Guimarães é uma mulher decidida. Tão decidida que quebrou lanças e conseguiu fazer com que o governador João Elísio assinasse há um mês o decreto que transferiu a Rádio Estadual do Paraná da órbita da Secretaria (Extraordinária) de Comunicação Social para a Secretaria da Cultura e Esporte. Só que de nada adianta a SECE ter a rádio se a mesma não funcionar como deve. E para tanto a secretária Suzana tem se preocupado. Na terça-feira, 16, por exemplo, reuniu 13 pessoas ligadas direta ou indiretamente a rádio e cultura para discutir a programação da emissora. Muitas sugestões e idéias. Lourival Pedrazani, o "Palito", paulista de Taquaritinga mas paranaense desde os 3 anos, 46 de idade, 28 de radiofonia, gerente-executivo da Estadual fez uma colocação prática: o problema da rádio é estrutural. Enquanto não houver dinamismo/autonomia, os problemas continuarão a existirem. Homem prático, que fez da Atalaia a campeã de audiência em Curitiba a partir de 1971 - e cuja direção voltou a ocupar em 1985 - Pedrazani é um profissional que conhece o seu trabalho. Amigo pessoal de Álvaro Dias - era gerente da Rádio Atalaia em 1967, quando o então locutor Dias apresentava o programa "É Uma Brasa" que o elegeu vereador. "Palito" tem tudo para, a partir de março, executar um trabalho que faça com que a Estadual deixe de ser um sonho e se torne realidade. De princípio, o prefixo FM - que o governo havia perdido para a Fundação São Sebastião, do Rio de Janeiro - volta a Estadual. Realista, Pedrazani não fixa datas, mas acredita que em menos de um ano a FM-Estadual estará no ar. Álvaro Dias quer também uma TV-Educativa. Sonho caro e distante. Mas que pode acontecer, se não forem cometidos os erros de administrações passadas - inclusive no governo José Richa. Apesar de "Palito" ser o executivo da Estadual, a rádio tem um novo diretor: é Antonio Carletto, amigo de confiança (e infância) do governador João Elísio. Assumiu há duas semanas com boas intenções. Enfim, entusiasmo, mais uma vez não falta. O que é preciso é liberar a emissora oficial das amarras burocráticas e fazer com que ela se torne a grande emissora cultural e educativa do Estado, com a qual o seu fundador Aluísio Finzetto sonhava.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
13
19/12/1986

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