Frankestein bem humorado
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de janeiro de 1976
44 anos após James Whale (1896-1957) ter levado a tela, pela primeira vez, o romance que Mary Wollstonecraft Shelley (1797-1851) esposa do poeta inglês Percy Busshe Shelley (1792-1882) escreveu em 1818, mais com a intenção de ganhar uma aposta do que oferecer um clássico da literatura de terror, um americano, filho de judeus, consegue revitalizar o tema e oferecer um dos mais bem humorados filmes da temporada: "O Jovem Frankestein" (cine São João, 5 sessões).
Mel Brooks, cujo talento já foi reconhecido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood ao lhe dar 5 anos atrás, o Oscar pelo roteiro de "The Producers" realizou uma sátira de Frankestein, mas com um imenso respeito pela versão de James Whale, produzida em 1931. A utilização do preto-e-branco e o clima das antigas produções de terror, foram elementos perfeitos nesta revisão bem humorada e repleta de imaginação, da história que Mary Shelley escreveu há 152 anos e que como o vampiro de Bran Stocker continua a entusiasmar os leitores e sempre a render nas versões cinematográficas.
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Se o "Frankestein" realizado em 31, por James Whale, trazia Collin Clive, como o médico de Frankestein e o antológico Boris Karloff (1887-1967) como a "criatura", Mel Brooks encontrou agora atores igualmente expressivos para marcar estes personagens, vistos, evidentemente, dentro de uma ótica bastante diferente. "O Jovem Frankestein" , é uma filme inteligente que merece apreciações pormenorizadas. Aqui fica apenas a dica: neste início de ano, se v. deseja se divertir vá conhecer uma mostra de bom humor e inteligência - provando que no cinema, como na vida, nada se perde - tudo se transforma.
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