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Aramis

Geléia Geral - O som real de Ritchie Valens

Ritchie Valens morreu em 1959, com 19 anos de idade, quando começava a despontar no mercado americano com a gravação de "La Bamba". 19 anos depois voltou em evidência quando sua vida transformou-se num dos filmes de maior sucesso da temporada, atingindo em cheio a imensa comunidade de língua espanhola nas grandes cidades americanas a fazendo também sucesso no Exterior. A trilha sonora de "La Bamba", com o grupo Los Lobos, está entre as mais vendidas e ganhou até Grammy e antigas gravações de Ritchie vêm sendo reeditadas em vários países. No Brasil, a SBK Songs, astutamente, conseguiu com a Del-Fi Records, da Califórnia, os direitos para lançar uma seleção com 12 gravações de Ritchie Valens, abrindo, naturalmente com "La Bamba" e desfilando outros ingênuos hits que entusiasmavam a juventude do final dos anos 50, como "Come On Let's Go", "Donna", "We Belong Together", "From Beyond" e outros. Se este álbum com o autêntico Ritchie vender a menos de 10% do que a trilha de "La Bamba" (edição Polygram) emplacou, Antônio Carlos Duncan terá capital de giro suficiente para continuar a fazer suas válidas edições culturais de trilhas sonoras e da melhor música brasileira gravada nos EUA. Três lançamentos oportunos feitos pela CBS: aproveitando a temporada que o violinista Jean Luc Ponty fez entre 6 a 22 de maio, saiu seu novo álbum, o belo "The Gift of Time". Romântico e afinado como sempre, com belas harmonizações e um repertório que sabe escolher com o maior requinte, Willie Nelson em "Island In The Sea", intercala composições próprias ("Wake me When It's Over", "Little Things", "The is no Easy Way"), com belas baladas e canções de outros autores, como a suave "Last Thing On My Mind" (T. Paxton) e "Women Who Love Too Much" (Jones/Jennings), dois belíssimos e enternecedores momentos. Aos 40 anos, James Taylor se mantém como o grande baladista romântico americano. Dos tempos do jovem integrante do Flying Machine, ficou apenas o cantor-comporitor de imagens suaves, que no início dos anos 70 já conquistaram os ingleses e que reunindo folk, rythm & blues e jazz, utilizando basicamente instrumentos acústicos, marcou álbuns inesquecíveis como "Sweet Baby Jones" (1969), "Mud Slide Slim" e "One Man Dog". Hoje, precocemente amadurecido, num trabalho cada vez mais voltado ao poético, Taylor retorna num álbum de grande beleza ("Never Die Young", CBS), exclusivamente com músicas próprias - daquelas para se ouvir e refletir longamente. Da geração dos anos 60/70, James Taylor está entre os sobreviventes que mantiveram a dignidade e a criatividade, falando das coisas do coração. Um guitarrista que merece ser ouvido com atenção, aos 14 anos de carreira: Chris Rea ("On The Beach", RGE), no qual traz músicas de uma suavidade litorânea, com sugestões de praias, gaivotas e brisas de mar. Entre as faixas - todas composições de Chris - está "Aut Immer Und Ewig", tema criado para o filme do mesmo título, inédito no Brasil. Mais uma dupla escandinava, cantando em inglês, a busca de um espaço internacional: a norueguesa Hanne Krogh e a sueca Elisabeth Andreasson, que formando o duo Bobbysocks, conseguiram, já há três anos, cantando músicas de Rolf Lovland uma premiação especial do Grammy e emplacar um sucesso na Europa ("Let It Swing"). No ano passado, cm "Waiting For The Morning", do norueguês Jor Terte Rovedal, escalaram paradas em vários países e, contratados da Sonet ganham o direito de sair com elepê no Brasil ("Waiting for the Morning", RGE), gravado em Estocolmo. LEGENDA FOTO 1 - Ponty: depois da tournée, o disco - "The Fift of Time". LEGENDA FOTO 2 - James Taylor, 40 anos: cada vez melhor.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Música
16
12/06/1988

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