Gente
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 22 de fevereiro de 1974
A premiação do roteiro que José Augusto Iwersen apresentou no concurso promovido pelo Governo do Estado para incentivo ao cinema em super-8 mm, de certa forma representa uma homenagem a um jovem que há 14 anos tem dado a cultura cinematográfica no Paraná muito de seu esforço e de seu trabalho, quando fazia o 1º ano do curso científico no Colégio Santa Maria, Iwersen fundou, com um grupo de colegas - Faruk El Khatib, Íris (por onde andarás?), Cecília (hoje professora do Centro de Criatividade, no parque São Lourenço), o Cine Clube Pró-Arte, que durante quatro anos - 1962-66, teve um trabalho intenso, isento de características políticas que fizeram naufragar tentativas anteriores de cineclubismo. E quando Iwersen sentiu que a fórmula do cine-clube começava a cansar, pioneiramente tentou aqui estabelecer o que só viria a dar certo, numa grande cidade como a Guanabara, uma década depois; um cinema de arte. E assim o Riviera, na Rua Marechal Deodoro, deu a única chance do público curitibano conhecer momentos mágicos do melhor cinema - "America America" de Kazan, "Le Peau Douce" de Truffaut, a melhor produção checoslovaca (o que inclusive levou Iwersen a financiar um livro a respeito), "Julieta dos Espíritos" de Felline - e tantos outros filmes marcantes. Passando para a distribuição e hoje iniciando a comercialização de projetores e filmadores em super-8 mm, Zé Augusto, casado com Sônia - que conheceu em seus dias de cineclubismo, 2 filhas, continua a amar o cinema e dele fazer a razão de sua vida. Profissional e artisticamente!
Enviar novo comentário