Grafite rabisca as primeiras músicas
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 12 de dezembro de 1985
Há mais de três anos que Grafite (Palmilor Ferreira Filho), 21 anos a serem completados no próximo domingo 15, vem se dedicando ao violão. Filho do mais conhecido dos compositores paranaenses, o sempre saudoso Lápis, Grafite se empenha em melhorar sua técnica ao violão tomando, para tanto aulas com Gil Amaral, em sua academia, e desenvolvendo um trabalho de produção em vários espetáculos amadorísticos e semi-profissionais. Neste fim-de-semana, Grafite apresenta no palco do Teatro de Bolso (sábado, 14, 21 horas) o show "Fé, Menino", no qual reúne músicas deixadas pelo seu pai as suas próprias composições, uma delas ("Pequena"), com letra da poetisa Alice Ruiz.
Para esta apresentação - na qual estão também músicas de outros jovens autores (Jonas Batista, Mário Júnior, Gileno, Antonio Lopes), Grafite convocou três amigos para lhe darem uma força: Jucelene Cassou no clarinete, Mário Júnior no segundo violão e a ninfa Rosa Lídia, nos vocais.
xxx
Grafite ficou feliz, ontem à noite, quando lhe contamos que uma jovem cantora gaúcha, Tula Lamar, tem como uma das canções favoritas de seu repertório, "Vestido Branco", mais conhecida dos sambas de Lápis. Em temporada no Poker's, um simpático barzinho de Copacabana, Tula - loira, alta, um estilo pessoal de interpretação - dá uma força muito grande a "Vestido Branco", cuja autoria, entretanto ignorava até há pouco. Aprendeu a música através dos Originais do Samba, incorporou ao seu repertório e há mais de 7 anos vem divulgando em todas as casas e clubes em que se apresenta.
LEGENDA FOTO: Grafite: primeiro show neste sábado, no Teatro de Bolso
Enviar novo comentário