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Guido Viaro

Os trabalhos de Guido Viaro, um dos mais brilhantes pintores do Paraná, que estavam percorrendo alguns Estados brasileiros, já no início de 78 voltarão a Curitiba. Encerrada dia 22, em São Paulo, a mostra também teve como sede Brasília, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Santa Catarina, em promoção conjunta da Fundação Cultural de Curitiba e Ministério da Educação e Cultura, através da Funarte. De tudo que já se falou sobre Guido Viaro, o traço comum a todas as opiniões formuladas é o de que seu trabalho como pintor é revestido de um profundo humanismo. Sua obra é o resultado de seu estudo e atualização, tanto no desenho como na pintura, gravura em metal, xilogravura e monitipias. Viaro nos deixou centenas de esboços em óleo, têmpera, aquarela, como atestado de sua dedicação e seu espírito criador. A iniciativa de Viaro em criar a "Escola de Desenho e Pintura Guido Viaro", além de propiciar a entrada de pintores hoje bastante conhecidos no Paraná, realizou ainda o importante trabalho de expandir o meio artístico de Curitiba e chamar a atenção do governo para a necessidade de se implantar a atividade artística no ensino. Em 1930, outro exemplo dado por Viaro foi a criação de uma escolinha de artes para crianças, que veio a ser a primeira do Brasil: O Centro Juvenil de Artes Plásticas, que serviu como estímulo a criança para o trabalho artístico e o desenvolvimento das atividades criadoras. Em termos de estilo, porém, é difícil rotulá-lo, em virtude das mudanças que sua obra sofreu através dos anos. Se na Itália suas telas eram feitas de uma maneira rude, talvez influenciada pelo realismo objetivo, no Brasil sua pintura adquiriu um traço expressionista, para retratar paisagens humanas e problemas sociais. Grande parte do que se conhece hoje sobre este que é o maior pintor paranaense deve-se a iniciativa da Fundação Cultural e Prefeitura Municipal em fundar, em 1975, o Museu Guido Viaro, que recebeu diversas doações de coleções particulares e mesmo de familiares do artista. Anteriormente as obras estavam em posse de Constantino, seu único filho.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
1
24/12/1977

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