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Aramis

Henry Mancine

Dentro da música nos anos 60, particularmente em relação à música popular americana, música inovador apareceu a partir de 1962: Henry Mancini. O compositor e pianista foi um inovador. Concordamos com Ezequiel Neves, do "Jornal da Tarde", quando êle afirma que quando Mancini apareceu,há 8 anos, era considerado um louco por tentar quebrar uma série de tabus que escravizavam os "scores" musicais dos filmes de Hollywood. Numa época em que a função da música de cinema era captar, coma sutilieza de um elefante, a essência do momento projetado na tela, êle quebrou a convenção de que uma cena de amor fosse invariavelmente sublinhada por violinos, a violência nas ruas reproduzida por jazz moderno, as cenas de guerra reduzidas a improvisações de metais e címbalos e finalmetne Deux, fôsse representado por a açucarada Orquestra Sinfônica de Hollywood Bowl. Black Edwards, um cineasta criativo, fio o primeiro a revelar a tremenda musicalidade de mancini: "Bonequinha de Luxo", "Escravas do Pavor", "A Pantera Côr de Rosa", etc. provaram que o mau gosto poderia ser substituído por composições que criticasse e não apenas comentasse determinadas [seqüências] projetadas nas salas escuras dos cinemas. Stanley Donen também encontrou em Mancini o músico ideal para seus policiais sofisticados - "Charade" e "Arabesques" - ou para o melhor de [seus] filmes, "Um Caminho Para Dois" (Toon on Road, cuja trilha sonora, infelizmente não foi editada no Brasil). O veretano Howard Hawks também teve a felicidade de ter "Hatari". Dezenas de "scores" musicais produzidos nos últimos anos fizeram de Mancini um dos nomes mais populares dentro da música americana. E já estávamos saudosos de algum novo disco de HM, quando a RCA-Victor, no Paraná bem divulgada por Marco Antonio Batiuk, edita "A Warm Shade Of Ivory", com Henry Mancini ao piano, cordas e coral acompanhando. Mesmo longe do melhor álbum da carreira de Mancini - "Dear Heart and other songs of love" (RCA-Victor, 1964), "A Warm Shade of Ivory" (RCA-Victor, LPM 4140) se credencia como um dos bons discos que aparecem neste primeiro mês de 70. Sente-se pelo repertório uma justa e compreensível preocupação comercial, mas a técnica e o bom gosto do pianista Mancini permanecem [inalteráveis]. A frente de grande orquestra de coras e côro vocal, êle se exibe com toda a classe que o fêz famoso, apresentando temas de filmes, sucessos de 69 e duas músicas brasileiras: "A Day In the Life Of a Fool" (Luis Bonfá) e "Meditação" de Tobin e Mendonça. Todas as músicas são excelentes: "Romeu e Julieta" (Nino Rotta), "The Windmills Of Your Mind" (Bergman/Le Grand), "When I Look in Your Eyes" (Bricusse), Dream a Lifle Drean Of Me" (Kahn/Schwandt-Andree), "In The Wee Shall Hours" (O the Morning) (Hillard-Mann), "Cycles" (Caldwell), "Momment To Momment" ( Mancini-Mercer), "Watch What Happens"(Cimgel-Le Grand) e "By The Time I Tet To Phenex" (Webb).
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Disc-Review
12
24/01/1970

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