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Aramis

A ilha sem turismo (ainda bem!)

O ex-deputado José Carlos Leprovost desistiu de um projeto que vinha ocupando muitas de suas horas há quase três anos: a construção de um hotel na Ilha do Mel. Depois de investir muitos milhões, Leprevost acabou desanimando pela falta de infra-estrutura e vendeu o imóvel à Comasa, pertencente a um grupo de empresários lusitanos, os quais, entretanto, ainda não se decidiram a dinamizar a obra. Leprevost havia adquirido, há 7 anos o remanescente de um antigo clube fundado na Ilha do Mel e pretendia oferecer aos que se dispõem a visitar a Ilha do Mel, um estabelecimento capaz de oferecer o máximo conforto. Mas as dificuldades foram grandes: falta de comunicação com a ilha, custo elevado no transporte de material, falta de mão-de-obra, etc. xxx Apesar de inexistir Hotel da Ilha do Mel, a freqüência ao paradisíaco ponto de nosso litoral tem crescido. Principalmente adeptos do campismo aproveitam os fins-de-semana para curtirem o sol e belas praias da Ilha. Quem não leva barraca só tem uma opção: conseguir que o proprietário de um pequeno armazém de secos e molhados, na chamada "Prainha", sr. Armando Valentim, alugue um dos quartos de sua casa. O que tem feito, oferecendo ainda boa comida, ao preço de Cr$ 90,00 a diária. xxx Para os ecologistas, o fato de a Ilha do Mel não dispor de uma infra-estrutura é altamente benéfica: com isso ainda continua livre da poluicão turística, com uma belíssima paisagem. Já o presidente da Paranatur; parnanguara Antônio Santana Lobo, em entrevista ao semanário "Voz do Paraná", há mais de um ano, declarou que não há razões para os ecologistas se preocuparem com a preservação da flora e fauna da ilha: "Lá só tem lagarto", declarou. xxx Uma das maiores dificuldades para quem pretende passar alguns dias na Ilha do Mel, afora a falta de hotel e restaurante no local, é o acesso. Não existe ligação regular e um dos poucos meios de lá chegar é contratar um pescador na Praia do Leste, ponto mais próximo, e mediante Cr$ 200,00 ter garantido o transporte de ida e volta. O preço é fixo, mas a canoa leva até 10 pessoas.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
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Tablóide
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30/01/1977

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