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Aramis

Joanna, a receita que agrada sempre

Coincidência ou não, em termos de marketing os novos discos de Joana (RCA) e Simone (Cristal", CBS) aparecem quase que simultaneamente. Na capa dos dois elepês, as superstars vêm vestidas de branco. Os repertórios também se aproximam. Deixemos o disco de Simone para depois e fiquemos com Joanna, que neste sexto elepê repete o mesmo esquema anterior: o romantismo abolerado e os sentimentos derramados. Só que com sete anos de carreira, vendendo bem (média de 100.000 cópias por disco) Joanna já pode pretender vôos maiores. Começa com uma participação muito especial: Barry Manlilow, o suave baladista que surpreendentemente realizou o melhor elepê internacional de 1985" (até agora) - "2:00 AM - Paradise Café" (RCA), participa cantando (num português quase perfeito), "Qualquer dia", versão do letrista estreante Cláudio Rabello para seu "4 hours a day". Manilow aparece também no video-clip promocional do disco, gravado em Nova Iorque, onde convidou Joanna para participar de seu próximo elepê. Ou seja: uma tremenda promoção para ela. Mas as participações especiais não ficam apenas em Manilow: o grupo Roupa Nova faz vocais e toca em várias faixas. Numa reminiscência da Tropicália, "Onde Andarás" (Caetano/Ferreira Gullar) tem a participação de Gal Costa. Martinho da Vila e Rildo Hora, autores do bonito samba "Bom dia, minha flor", participam cantando e tocando gaita de boca, respectivamente. E a balada "Ribeirão", de Sá e Guarabira, tem a presença da dupla fazendo os vocais. Mas há outras faixas com muita força comercial: "Doce Prisão" (Gonzaguinha) entrou na trilha da telenovela "Ti-ti-ti". Como também é compositora, Joanna comparece em quatro faixas ("Estrela Perdida", "Camafeu", "Canção do Rádio" e "Pedra Preciosa") com seus parceiros habituais, Ronaldo Malta e Toni Bahia, mais o novato Cláudio Rabello. Renato Teixeira, que no ano passado lhe deu o hit "Recado", é agora o autor de um contry/fado ("Safado", que se contrapõe à balada "Mal Nenhum" (autores de "Chuva de prata", destaque do último elepê de Gal). Mas um dos melhores momentos é "Amor alheio", de Paulo César Pinheiro e Ivo Lancelotti, um hino para a dor-de-cotovelo.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
37
10/11/1985

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