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Juarez pinta castelos que estão no Pompidou

As colunas sociais, já registraram nos últimos dias a exposição que o catarina-curitibano Juarez Machado está fazendo no mezzanino do Centro Georges Pompidou em Paris. Aqui entretanto, mais alguns detalhes desta nova consagração do hoje internacional Juarez. xxx A exposição foi organizada diretamente por monsieur Jean Maheu, presidente do Centre Georges Pompidou, que selecionou 31 quadros de onze artistas pelo Centro de História e Renovação Arquitetônica Vinícola, da região de Bordeaux, para registrarem em quadros figurativos imagens dos castelos - e dos costumes - nos quais há hoje atividades vinícolas. Os quadros foram adquiridos, antecipadamente, pela instituição e durante três anos serão levados em exposições em Nova Iorque, Washington, Los Angeles, Sidney, Tóquio e, na Europa, Londres, Amsterdam, Genebra, Milão e Munique - numa primeira etapa. Em Paris, a mostra, aberta dia 15 de novembro, ficará até o dia 20 de fevereiro. xxx O Brasil nem foi considerado para a exposição. Mas Juarez já prometeu ao seu amigo Waldir Simões de Assis, marchand-de-tablaux que esteve em Paris especialmente para a vernissage, que vai preparar uma mostra de 20 quadros com esta temática - os castelos da região de Bordeaux, para trazer ao Rio de Janeiro e Curitiba em 1989. Com uma dezena de quadros "representando diversos castelos e alegorias culturais da civilização de vinho de Bordeaux" - como diz no catálogo, Juarez foi o artista mais prestigiado da exposição. Os outros pintores tiveram apenas um ou dois quadros incluídos na mostra - cuja inauguração teve a presença do ministro da cultura, da França, monsieur Jacques Lang. São os seguintes os outros artistas participantes da mostra: Dominique Appia, de Genebra; Michel Bez, Francis Martinuzzi, Gerard Puuis, Francine Van Hove e Philipe Venin, de Paris; Ben Johnson, de Londres; Carl Laubin, de Hitchin, Inglaterra; Edward Scarmit e John Wellington, de Nova Iorque. xxx Com seus quadros cotados entreUS$ 3 a US$ 7 mil, um mercado cada vez maior, Juarez Machado é hoje um artista realizado e tranqüilo em termos financeiros. Reside num belíssimo apartamento na Rue des Archives e comprou, há poucas semanas, um stúdio para desenvolver seus trabalhos. Embora pretenda continuar a vir ao Brasil duas a três vezes por ano, de momento não pensa em sair de Paris - onde vive com sua esposa, Eliane e o filho, João de Joinville, 8 anos. xxx A exposição da qual participa representou um investimento de mais de US$ 3 milhões das entidades que a organizaram e como os quadros não serão colocados à venda - após a exibição nas principais cidades do mundo, retornarão aos castelos da região de Bordeaux - é mais um passo para sua consagração internacional. Com a mesmo simplicidade dos tempos em que estudava na Escola de Música e Belas Artes do Paraná e sobrevivia com o magro salário de cenógrafo do Canal 6, residindo numa pensão na Rua 24 de Maio (local hoje ocupado pela Associação dos Servidores Públicos), Juarez não esquece dos amigos curitibanos - especialmente João Osório Brzezinski, cuja visita em Paris está aguardando. xxx Waldir Simões de Assis, amigo e marchand de sua maior confiança, voltou trazendo promessas de novas exposições de Juarez. E na recém-inaugurada loja Objeto de Arte (Rua Presidente Taunay, 251), administrada por sua esposa, Flávia, estão duas telas de Juarez - cotadas em US$ 4 mil e US$ 6 mil. Aliás, ambas já com uma fila de cinco interessados - sabedores de quanto representa a valorização dos trabalhos deste artista que soube construir um carreira maravilhosa. LEGENDA FOTO - Dois dos trabalhos de Juarez Machado, sobre os castelos de Bordeaux, na exposição inaugurada há um mês no Centro Georges Pompidou, em Paris.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
14/12/1988

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