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Mesmo com o pacote, Jung fará o Provídeo em maio

Enquanto os festivais de cinema entram em fase de hibernação, já que com a desativação da área cultural, fim da Fundação do Cinema Brasileiro, revogação da Lei Sarney, etc., desapareceram as chances de se viabilizar economicamente tais eventos - as feiras comerciais de vídeo serão estimuladas. Já que os cinemas - com ingressos entre Cr$ 100,00 a Cr$ 180,00 - se esvaziam, a locação de vídeos é um lazer relativamente barato e o mercado, acreditam os que nele operam, só tende a crescer. Oceano Vieira de Melo, editor do "Jornal do Vídeo" - cada vez mais caminhando para ser a "Variety" brasileira (embora até agora, sua área de cobertura se concentre em 90% no vídeo, esquecendo outros setores artísticos), esbanja otimismo na edição de abril, que com 121 páginas, muitos encartes a cores, está circulando. E o destaque que Oceano Vieira dá a I Provídeo é grande. Idealizada pelo ex-jornalista e hoje empresário Carlos Eduardo Jung, 45 anos, dono da Diretriz, esta feira acontecerá no Centro de Exposições do Parque Barigui, entre 23 a 27 de maio. Otimista como sempre, Jung garante que o faturamento será altíssimo, já que com a antecipação de quase dois meses já foram fechados vários contratos. Em julho, em São Paulo, acontecerá a terceira edição da Vídeo Trade Show (17 a 22, Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera). Também muito otimismo: antes do pacote de Collor, já havia contratos fechados com várias distribuidoras (Argo, Rossi, Republic, Manchete), e mesmo indústrias, de forma que não devem faltar participantes. Em agosto, de 2 a 5, no Hotel Laje de Pedra, em Canela, Rio Grande do Sul, haverá a Vídeo Market. No Sul, outra feira acontecerá também em agosto, entre 23 e 26 - a Fenavídeo, em Florianópolis, organizada pela Verena, empresa do Rio Grande do Sul. As distribuidoras aproveitarão a realização destas feiras - especialmente a de São Paulo, que por ter começado antes e por sua localização é a mais importante - para apresentar novos lançamentos. O mercado que a Diretriz oferece para atrair expositores para a feira do Barigui tem dados estimulantes. Carlos Jung garante que atualmente, 17% dos curitibanos - 240 mil pessoas - possuem capacidade para consumir fitas nas locadoras - hoje 150 só em Curitiba (no Paraná, há 220). Luís Renato Ribas, pioneiro do setor e fundador da Associação Paranaense das Empresas e Entidades de Vídeo - Aprevídeo, é outro otimista em relação às perspectivas futuras: - "O mercado de vídeo no Paraná é extremamente forte. O vídeo está em fase de gestação, não nasceu ainda. O potencial desse mercado é muito grande. Ribas tem um grande orgulho: foi ele, através da Aprevídeo, que levantou no Brasil a bandeira de combate à pirataria. E garante que está conseguindo eliminar os piratas no Paraná.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Nenhum
8
12/04/1990

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