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Aramis

As mulheres, os desenhos e a genética

Com uma tímida [discrição] que faz com que mesmo os mais badalativos habituês e vernissages de nosso mundo plástico não a conheçam pessoalmente, Margarida Weisheimer, 24 anos, da turma de 1969 da Escola de Música e Belas Artes do Paraná, praticamente é uma revelação para que se interessa pelas artes plásticas. Embora com um bom currículo - participação em coletivas e salões , algumas premiações (medalha de ouro em desenho no I Salão de Arte Universitária da EMPAP, menção honrosa em pintura no Salão de Artes Plásticas para Novos, 1969, vários prêmios aquisição) - só agora Margarida está fazendo a sua primeira individual. Incentivada pela crítica Adalice Araújo, uma das orientadoras da galeria do Centro Cultural Brasil-Estados Unidos, ela expõe ali (até o dia 14 de novembro) uma série de desenhos, que retratam o seu mundo, as suas fixações. XXX Apesar de poucas pessoas terem prestigiado inauguração - foram mais ao amigos e colegas, do que propriamente colecionadores - ao final das duas horas do coquetel de inauguração, uma dezena de desenhos (preços entre Cr$ 400,00 e Cr$ 600,00) havia sido vendidos - e pelos comentários entusiásticos, é de se supor que nas próximas duas semanas a maior parte dos trabalhos encontre compradores. As imagens criadas por Margarida permitem muita teorização, pois, como ela, são estranhas, misteriosas, profundas - mas muito bem realizadas plasticamente e de grande efeito visual. XXX A professora Eleidi Alice Chatard-Freire Maia, que foi aceita para fazer o seu doutoramento na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na base de uma série de exames, entrevistas pessoais e seminários, que ali realizou em junho, fará sua defesa de tese no próximo dia 11. Sua tese, considerada no mais alto gabarito, versa sobre as investigações que realizou durante mais de dois anos, na Universidade de Birmingham, na Inglaterra, com bolsa do Conselho Britânico. Eleidi é esposa do professor Newton Freire-Maia, nosso cientista de maior projeção internacional, que terá seu sétimo livro - "Tópicos de Genética Humana", editado pela Hucitec em convênio com a Editora da Universidade de São Paulo. O professor Freire Maia entregou os originais de seu livro em março e assim, tão logo saia, a EUSP adquire mil exemplares, o que garante ampla divulgação e uma redução apreciável do preço do livro.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
4
01/11/1974

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