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Aramis

... e o Concórdia ganhou a guerra (acertou no Alvo)

Como se esperava, a assembléia geral da Sociedade Tiro no Alvo de Curitiba, na noite de quarta-feira, foi a mais inflamada em seus 86 anos de existência. Ao final, quase meia-noite, a votação foi expressiva: 76 dos 106 associados presentes (de um total de 140) com direito a voz e voto, preferiram a fusão com o Clube Concórdia, que ganha assim um valioso patrimônio. A área da STAC, entre as ruas Emilio de Menezes e Jacarezinho, nas Mercês, com 13 mil metros quadrados, já foi avaliada em Cr$ 1.300.000,00 e ali será construido um grande centro esportivo que beneficiará os mil associados do Concórdia - que comemora este ano 105 anos de fundação, sendo assim o mais antigo clube de Curitiba. xxx A astuta proposta que o veterano José Vieira Sibut, presidente da Sociedade Thalia, fez aos 140 associados do Tiro ao Alvo para a fusão com seu clube, teve no ator Aluisio Querubim e no irritado Rubens Boehm os defensores mais ardorosos. Usando uma estrategia de guerrilha Querubim distribuiu os 30 associados pró-Thalia em vários pontos do salão em que se realizava a ardente assembléia. Estrategicamente e num revezamento em que os gritos e ameaças somavam-se as argumentações, os participantes da reunião algumas vezes quase engalfinharam-se, tendo o advogado Beno Doetzer, presidente da STAC, usado toda sua germânica autoridade para que a assembléia não terminasse em grossa pancaria. xxx As conservações da fusão da STAC com outro clube iniciaram há mais de um ano, pelo ex-presidente Rolf Rodonwalt, proprietário de uma oficina especializada em Volkswagen na Rua Marechal Floriano. Inicialmente cogitou-se em três clubes, de idênticas etnicas: a Sociedade Beneficiente Rio Branco (que também vive dias difíceis, com abandono em escala de associados), a Sociedade de Educação Física Duque de Caxias (enriquecida com a venda de sua sede na esquina das ruas José Loureiro/ Dr. Murici) e o Concordia, que acabou sendo a predileta. A fusão de clubes tradicionais é uma decorrência normal de uma nova realidade: hoje a manutenção de uma sociedade é onerosa.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
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24/01/1975

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