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Aramis

O evento para marcar o final deste século

Um evento como o "The First New York International Festival of the Arts" só poderia acontecer mesmo numa metrópole como a Big Apple. Pela extensão dos eventos - 350 performances em música, dança, teatro, cinema e televisão, importância dos produtores e artistas culturais envolvidos, poucas outras cidades do mundo - talvez Londres, Paris ou Berlim - poderiam bancar um evento de idênticas proporções. Numa mensagem incluída na página de abertura do programa anunciando o Festival, o governador do Estado de Nova Iorque, Mário M. Cuomo, faz uma referência que este primeiro festival, só pode acontecer graças a soma de apoio de corporações, fundações e "destacadas personalidades individuais". - "Eles tornaram possível uma mostra da melhor arte do século 20 para uma grande audiência" - diz o governador Cuomo. Edward M. Koch, prefeito de Nova Iorque - que parte agora para a sua quarta reeleição - destaca que o Festival integrará toda a cidade, em seus espaços tão conhecidos, mesmo pelos que nunca ali estiveram - graças a magia do cinema. E o diretor geral do evento, Martin E. Segal, destaca o Festival em seus aspectos de integração de artistas de 20 nações - pela paz e compreensão, de diferentes religiões, cores e formações étnicas. xxx Durante 31 dias e noites, em 30 eventos (uma média de 10 por dia), com 40 estréias mundiais, celebrações especiais, grande destaque para trabalhos experimentais, "The First New York Internacional Festival of the Arts" pretende ser - e possivelmente será - um dos maiores acontecimentos culturais "deste final de milênio". Um exemplo da presença da iniciativa privada é dada já pelos anúncios do material de propaganda - American Express (num deles, o tenor Luciano Pavarotti é o garoto-propaganda), New York Telephon, Chase Manhattan Bank, At&T e The Hearst Corporation. O "board of directors" traz nada menos que 10 nomes do maior peso na vida nova-iorquina e o "Arts Advisory Commitee", ou seja, a grande comissão de consultoria artística tem centenas de nomes, entre os quais alguns internacionalmente conhecidos. Por exemplo, entre outros, está na consultoria deste superfestival de artes: Ingmar Bergman, Mikhail Baryshinikov, Leonard Bernstein, Pierre Boulez, Peter Brook, Aaron Copland, Federico Fellini, Morton Gould, John Houseman, Zubin Mehta, Gian Carlo Menotti, Sir Yehudi Mehin, Meredith Monk, Joseph Papp, Harold Prince, Jason Robards, Jerome Robbins, Mstilav Rostropovich, Isaac Stern - entre nomes ligados à música, ao teatro, dança e mesmo a administração cultural. É de bom tamanho, concordam?
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
28/02/1988

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