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Aramis

O filme do filho

Enquanto José Joffily usa as horas de folga para pesquisar (agora com o auxílio de um sobrinho, César Benevides), elementos para o novo livro, desta vez sobre a revolução de 1932, o primogênito do ex-parlamentar, Zezinho Joffily, está concluindo a montagem de "Um Dia Virgínia", rodado em Bananal, uma cidade perdida no tempo e no espaço, na divisa de São Paulo com o Rio. Foram realizadas ali as filmagens dessa adaptação livre do romance "Dona Anja", do gaúcho Josué Guimarães. Roteirizado pelo próprio Joffily, Jorge Durante e Joaquim Vaz de Carvalho, também produtor, "Um Dia Virgínia" é a história de um velho desembargador (Nelson Dantas), que, depois de 50 anos, retorna à cidade de origem, no Interior, casado com uma jovem mulher (Dora Pellegrino). De início, a comunidade os prestigia, mas aos poucos o amor dos dois começa a incomodar e a sociedade revela hostilidade e preconceito para com ambos. Para José Joffily filho, cineasta que até agora havia realizado apenas [curta-metragens], com temas urbanos ("Copa Mista", "Alô, Tetéia", "Galeria Alaska", "Praça Tiradentes" e "Voando com os Pés no Chão"), além de ter sido co-roteirista e assistente em *"[Parahiba], Mulher Macho", a realização deste filme foi um mergulho num universo novo: - "Apesar de ser da Paraíba, vim para o Rio muito pequeno e não tinha contato com o universo rural. "Um Dia Virgínia" era um projeto de Joaquim Carvalho e ele me chamou para dirigí-lo. Porque era um tema que não constava nas minhas preocupações, filmei o Interior muito mais como eu imaginava que ele fosse (simpático, mas cheio de preconceitos) do que guiado por um compromisso de retratá-lo fielmente". Roteirista também em outros filmes ("O Sonho Não Acabou", "A Filha dos Trapalhões" e os inéditos "O Rei do Rio", de Fábio Barreto, e "Abaetê", de Zelito Viana), Zezinho Joffily tem um grande projeto pessoal: "Assassinato na Ullem Company", baseado em romance histórico dos mais interessantes escritos pelo pai, relatando fato ocorrido em São Luiz do Maranhão, nos anos 30. xxx Em "Um Dia Virgínia", atua, também, um ator de grande identificação com o Paraná: Ariel Coelho, que iniciou fazendo peças com Antonio Carlos Kraide e hoje é um dos mais bem sucedidos profissionais do teatro no Rio de Janeiro. Além de aparecer em muitos filmes, inclusive a produção internacional "A Floresta das Esmeraldas", de John Boorman, rodado no Brasil e exibido hors concours, no último festival de Cannes. LEGENDA FOTO - Ariel: nas telas.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
21/06/1985

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