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Aramis

...e o Mano morreu em Porto Alegre. Esquecido

Para anotação, a necessária (e futura): história do rádio no Paraná, projeto idealizado por Marcus Aurélio de Castro, quando na sub-chefia da Comunicação Social e, infelizmente, foi desativado há quase dois anos. Faleceu no dia 11, sábado, em Porto Alegre, um dos profissionais que participou intensamente da época de ouro dos programas de palco-auditório da Rádio Clube Paranaense: Mano Bastos (Eizen Isidoro Pereira). Mineiro de Ouro Preto, Mano Bastos residiu em Curitiba durante muitos anos, período em que chegou a ser o diretor-artístico da PRB-2, ali apresentando programas de grande sucesso popular como "Tudo Pode Acontecer", aos sábados à tarde e "De Pernas Pro Ar". Nos anos 50, a Rádio Clube Paranaense dividia com a Guairacá ("A Voz Nativa Da Terra dos Pinheirais") a produção dos melhores programas de auditório, rárionovelas e grandes produções, montadas por profissionais da competência de Wanderley Dias; Romualdo Oazaluk e Norberto Castilho. Não havia o fantasma do Ibope, mas a popularidade de animadores de programas de palco-auditório se media pela freqüência às produções. Sergio Fraga (Percy Bostemann), hoje aos 56 anos, dedicando-se a publicidade ("Relembrando", Rádio Clube-AM, 6,30 horas da manhã), lembra de Mano Bastos como "uma colega bem humorado, que conseguia excelente público nas audições que comandava". Sergio Fraga e Mario Vendramel também obtinham grande público com suas audições ao vivo na PRB-2 - enquanto na Guairacá, há poucos metros na mesma Rua Barão do Rio Branco, O saudoso Nhô Berlamino (Salvador Graciano), ao lado de Nha Gabriela, era a grande atração de "Feira da Alegria", comandada por Aluizio Finzetto - mas com uma equipe que incluía outros animadores como Benevides Prado e Abilio Ribeiro. xxx Mano Bastos deixou Curitiba a mais de 25 anos, radicando-se em Porto Alegre, ali trabalhando na rádio Farroupilha, TVs Gaúcha e Piratini. Fez carreira como comediante, escrevendo também novelas e programas de humor. Entre seus programas de maior sucesso no rádio gaúcho estão "Eu sou o showcesso" e "Eu Papai-Mamãe". Fez programas de tv de grande audiência ("Telejornalesco", "Balança Mas Não Cai") e, como ator, chegou a participar de três filmes: "Motorista Sem Limites", "Ana Terra" e "Janjão não dispara, foge". Ganhou também pr6emios como humorista, mas quando a produção regional de televisão foi substituída pelo video-tape e, posteriormente, pelas redes nacionais, a exemplo de tantos outro talentos teve que procurar outra atividades. O necrológico publicado na "Zero Hora", edição de 13 de agosto, foi melancólico, ao salientar que ele morreu vítima de problemas de gastrite porosa: "Ele não estava doente nos últimos tempos, foi um mal súbito, segundo sua esposa. Apenas morreu magoado por nunca ter tido a oportunidade de voltar aos palcos que o consagraram e, principalmente, ao rádio, onde criou e imitou personagens famosos, juntamente com o comediante Pinguinho. Desempregado das funções artísticas nos último anos, Mano Bastos estava trabalhando com agenciador de seguros, guardando uma força criativa muito grande ainda, segundo seus familiares, para voltar com toda a força, seu grande sonho "ele foi com uma mágoa muito grande, afinal, ficou esquecido totalmente. Sabia que após sua morte, viraria notícia novamente, e isso ele me dizia sempre que lembrava do seu trabalho durante anos nos meios de comunicação. Infelizmente ele passa a ser lembrado apenas quando já se foi", lamentou sua esposa, Irma Mota Abel. Segundo a "Zero Hora", Mano Bastos deixou dois livros - um romance escrito por seu pai - "A Vida de Maria Bueno" - ("e que chegou a ser indevidamente por uma emissora do Paraná onde fez alguns trabalhos") e uma coletânea de poemas e textos poéticos dedicados a um afilhado. Além disso estava montando um anedotário que não chegou a ser concluído.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
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Tablóide
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21/08/1984
sou filho de sergio fraga(percy bostelmann) e ficou feliz e ler comentarios sobre a antiga turma da b2.Dias destes encontrei com o ary fontoura,rimos e ate choramos com as recordações grato

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