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Aramis

O motorista defensivo

Se o arquiteto Marcos Prado, o atribulado diretor do Detran, intitulou de "Trânsito Louco" o seu livro sobre o problema que tanto preocupa os habitantes das grandes cidades - que em Curitiba faz dezenas de vítimas a cada fim de semana, o delegado e professor Waldyr de Abreu, ex-juiz criminal, autor de vários ensaios, é mais otimista no título de seu trabalho sobre o mesmo assunto: "Direção Defensiva", com o subtítulo de "A Segurança ao Seu alcance" (José Olympio, maio/74). Iniciando com uma citação de Roberto Souaille ("Ao volante somos todos aprendizes de feiticeiro"), Waldyr de Abreu explica que a direção defensiva é hoje o recurso mais eficaz, ao alcance individual, em favor da segurança do trânsito. O motorista defensivo é aquele que conduz tendo em vista a falta de destreza e pouco conhecimento do outro motorista; é o que reconhece que não tem nenhum domínio sobre as ações irrefletidas de outros condutores ou pedestres, nem sobre as condições do tempo e das estradas e, então desenvolve várias práticas defensivas contra todos estes riscos. Para sintetizar, o autor oferece um decálogo do motorista defensivo, que merece transcrição: I - Conheça e observe rigorosamente todas as normas legais de trânsito, mesmo sem o guarda estar perto. II - Esteja em boa forma física e mental, quando dirigir e sempre compense com maior precaução o que possa diminuir a sua precisão ao volante. III - Saiba ver, para tudo prever. Dirigimos com as mãos, os pés e antes de tudo com os olhos, inclusive nos retrovisores. IV - Conheça bem o seu veículo e o mantenha em bom estado, perfeito funcionamento e a melhor visibilidade. V - Respeite a corrente do trânsito. Você será sempre culpado pelas manobras perturbadoras danosas de sua iniciativa. VI - Não surpreenda os outros usuários da via pública e evite ser surpreendido. A sinalização é a linguagem do trânsito. Procure bem comunicar-se. VII - Na via pública cada um tem a sua posição ideal. Procure-a e mantenha-se na sua. VII - O espaço de segurança, que deve envolver o seu carro, é a garantia e sua liberdade de movimentos e de seu percurso sem acidentes. IX - Vá depressa quando possa e devagar quando deva. Vai rápido demais quem não pode parar dentro da distância de sua visibilidade. X - É da conveniência de todos que cada um nada faça criando riscos à segurança, tropeços indevidos à circulação, ou incômodos desnecessários a terceiros.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
4
13/06/1974

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