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Aramis

O poeta & a homenagem

O palco do auditório Bento Munhoz da Rocha Neto é tão imenso, que debaixo dele foi construído um novo teatro. Embora não tivesse sido previsto em 1950, quando o arquiteto Rubens Meister fez o projeto original do Teatro Guaíra, o amplo espaço sob o palco do chamado grande auditório, foi adaptado para um miniauditório que, com 127 lugares, se destinará à parte prática do Curso Permanente de Teatro e espetáculos de bonecos (fantoches, marionetes etc.), destinados à criançada. Assim como o pequeno e o grande auditório tem patronos ligados à vida paranaense (Salvador de Ferrante e Bento Munhoz da Rocha Neto, respectivamente) o miniauditório também homenageia uma personalidade muito ligada à nossa vida cultural: Glauco Flores de Sá Brito (Montenegro, RGS - 19 de julho de 1919 - Curitiba, 17 de maio de 1970). - * - Poeta ("O Marinheiro", 1947; "Cancioneiro de Amigo", 1960; "Azul Sol", inédito), jornalista (redator e crítico de teatro em "O Dia" durante 15 anos), funcionário público e, principalmente, homem de teatro e televisão, Glauco teve uma intensa participação de 40 a 60, montando várias peças, fundando grupos e sendo o pioneiro no teleteatro, com a encenação de 11 telenovelas e 182 teleplays, metade por ele escrita ou adaptada. "A Margem da Vida", 1956/57; "A Volta do Filho Pródigo", "Os Males Que o Fumo Causa" 1957, e "Chapetuba Futebol Clube", 1960, foram algumas das melhores peças encenadas por Glauco, que, pouco antes de morrer (vítima de endema pulmonar), havia dirigido a peça infantil "A Caçadora de Borboleta" de Zuleika Mello, em cartaz no auditório Salvador de Ferrante, no dia de sua morte. - * - A inauguração do auditório Glauco Flores de Sá Brito, programada para quinta-feira, dia 28, será marcada com a apresentação de um espetáculo criado por Gilberto bastos, sobre suas poesias e textos, acrescido de depoimentos de amigos e ilustrado com a projeção de 50 slides. Sete alunos do Curso permanente de Teatro participarão do espetáculo, denominado "Glauco Flores de Sá Brito, Um Poeta em Cinco Tempos": Antonio Carlos Simionato, Everson Filpo Candal, Mariangela Damasco da Silveira, Marilyn Nanci Miranda, Luis Carlos Pinto Bueno, Paulo Cesar Maia Buture e Rosemar Schick.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
4
26/08/1975

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