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Aramis

O som que vende (muito)

Na edição de domingo, em suplemento especial, O ESTADO apresentará os melhores da música popular. O levantamento procurou ser o mais amplo e democrático, ouvindo-se observadores, pesquisadores e pessoas ligadas a programação musical, de várias tend6encias. Assim, a lista final representa o consenso das opiniões - e não a visão individual, embora as indicações de cada um também mereçam divulgação. Xxx Ao contrário do que ocorre nas listas dos melhores filmes, onde raramente os melhores segundo a crítica são os mesmos preferidos pelo público (isto é, de maior bilheteria), no caso dos lps, há algumas coincidências: Clara Nunes, com seu lp "Claridade" e Martinho da Vila, com "Maravilha de Cenário", estão entre os cantores que mais venderam em 75 e que conseguiram alguns votos na lista dos melhores. Xxx Embora não existam, até agora, dados exatos, sobre os discos que mais venderam em 75, entre os compactos, destacaram-se "Dio, come ti amo", velho sucesso italiano, na voz de Gigliola Cinquetti; "Moro, onde não mora ninguém" (Agepê), "Despedida" (Roberto Carlos) "Dois prá lá, dois prá cá" (João Bosco / Aldir Blanc, na voz de Elis Regina), "Teco-teco" (na voz de Gal Costa), "Charlie Brown" (Benito Di Paula), "Folia dos Reis" (Baiano e os Novos Caetanos, ou seja, Chico Anísio e Arnaud) e "Se não for por amor" (Benito Di Paula). Xxx Dos lps, afora Martinho e Clara Nunes, estão também entre os mais vendidos: "Benito Di Paula ao Vivo", "Baiano e os Novos Caetanos", as trilhas sonoras de "Escalada" e "Cuca Legal" (temas internacionais), e "Saudade Não Tem Idade", "Hotíssimo", e "discoteca Hipopotamus". Sem comentários... xxx O mercado fonográfico é próspero. Por exemplo, Marisa Azevedo, proprietária da cadeia Cash Box, encerrou o ano abrindo uma nova loja, o "Discão" na Rua XV de Novembro, defronte a uma das principais lojas de seu concorrente Ruy Brunetti. Que, também acabou 75 ampliando sua rede, adquirindo por muitas centenas de cruzeiros a Wings - Mercado de Som, que pertencia ao advogado e escritor Elias Farah. O autor de "Terra Roxa", preferiu a advocacia e as letras, do que a poluição (e os problemas) sonoros. Embora bastante lucrativos...
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
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01/01/1976

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