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Aramis

Observatório

DURANTE anos a Continental repousou seus triunfos na área do disco infantil na coleção que João de Barro (Carlos Alberto Ferreira Braga, 73 anos), ali produziu nos anos 50, quando era o diretor artístico. Mas agora, quando esta faixa de mercado começa a ser disputada por concorrentes ágeis, como a WEA - que entregou ao jornalista João Luís Albuquerque o projeto de convocar especialistas em histórias-em-quadrinhos e abrasileirar as aventuras dos super-heróis (a primeira coleção, de 10 títulos, já foi para as lojas), a Continental decidiu sacudir o setor. E assim aproveitou a popularidade do Falcon, herói-brinquedo lançado pela Estrela, e o está apresentando numa série de aventuras, com direção musical de Sérgio Sá e produção de Pena Schmidt. Na mesma faixa, o excelente cantor-compositor Lourenço Baeta criou o Bloco da palhoça, que produziu o lp "Musica para brincar e cantar", onde oferece as crianças além de uma coleção de canções apropriadas, também um encarte para colorir o adesivo. O Bloco da palhoça é formado por Baeta, Fredy Anrique, Marcos Amma, Gerson Congolês, Ricardo Medeiros, Victor Larica e Beatriz Bedran. Aliás, para as crianças, "A Arca de Noé", com musicas de Vinícius de Moraes/Toquinho, lançamento da Ariola, neste mês, não poderia ser um melhor presente. E a prova é que o lançamento praticamente se esgotou nas lojas em menos de uma semana. MUITOS paranaenses já se beneficiaram do intercâmbio cultural Brasil-República Federal da Alemanha, através da secretaria de Educação Física e Desportos do MEC, firmado principalmente graças ao entusiasmo da professora Liselott Diem, 74 anos, uma das mais respeitadas mestres na área da educação física, autora de inúmeros livros. Agora, aparece em português o manual "Natação para o meu neném"(Ao Livro Técnico S/A, São Paulo), da qual foi a coordenadora - num trabalho unido a Lothar Bresges. Para quem se interessa por educação física e esportes, além de pediatria, uma obra de leitura básica. Especialmente entre nós, onde o Clube do Golfinho, destinado a estimular nas crianças à prática da natação, vem crescendo cada vez mais. AOS 37 anos, Turíbio Santos é hoje um dos mais respeitados violonistas não só no Brasil, mas também na França, onde residiu por sete anos. A exemplo do pianista Arthur Moreira Lima, Turibio não se limita ao erudito e assim tem diversificado suas gravações também com o gênero popular. Em 1977, participou do Projeto Pixinguinha com um grupo no qual encontrou tanta afinidade, que manteve o trabalho. O LP "Choros do Brasil", lançado pela Tapecar, não foi apenas o melhor disco daquele ano - numa produção de Herminio Bello de Carvalho, mas também o marco de um encontro de Turibio com instrumentistas como Rafael e João Pedro, violonistas também da maior criatividade. E agora a grande e boa notícia: graças a Aliança Francesa, no dia 26, domingo, Turibio e este grupo estarão em Curitiba, fazendo uma única apresentação no auditório do SESI. LEGENDA FOTO 1 - Turíbio em Curitiba. APESAR de todos os apelos, até hoje não houve a preocupação de se resolver um crônico problema: a falta de sinalização nas ruas da cidade. Apesar do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba já ter feito (discutíveis) projetos, até hoje falta um sistema de informação urbana na cidade, especialmente nos bairros. Ainda domingo à noite, um cidadão gastou mais de meia hora para localizar uma rua no bairro do batel (dos mais sofisticados, frise-se), simplesmente porque a rua transversal, em três quadras, não apresentava nenhuma placa indicativa. Quando se fala tanto em campanhas para economizar combustíveis e a própria Prefeitura apresenta "idéias" para fazer com que se gaste menos gasolina, não custaria também colocar placas amplas, bem iluminadas, nos bairros da cidade - facilitando a quem se dispõe a encontrar algum endereço. Aliás, o arquiteto Manoel Coelho, um dos mais competentes especialistas em programação visual, já com projetos aplicados em vários Estados, acaba de desenvolver um excelente estudo para a Prefeitura de Goiânia, propondo o aproveitamento dos próprios postes como indicativos das ruas. Uma idéia feliz, econômica e que vai fazer com que os goianos tenham uma boa orientação. O prefeito Jaime Lerner, que tem sempre procurado mostrar sua simpatia para com os artistas, recebeu solicitação encaminhada no dia 14, terça-feira, pelo advogado e pianista Hiltom Ronald Alice, presidente da seção regional da Ordem dos Músicos do Brasil. Em nome de aproximadamente 1.500 músicos de Curitiba, Ronald Alice está reivindicando ao prefeito Lerner que, a exemplo do que fizeram os prefeitos de São Paulo e Rio de Janeiro, sejam isentado os profissionais da música do pagamento do ISS - Imposto sobre Prestação de Serviços, bem como da isenção da taxa de renovação do alvará anual, "em razão de nossa categoria profissional não fazer publicidade". No Rio de janeiro, desde 18 de dezembro de 1968 os músicos que exercem suas atividades estão isentos do ISS, pois entenderam as autoridades fazendarias de que esta categoria precisa de estímulo - e não mais exploração. Em Curitiba, até hoje a Prefeitura tem se mostrado insensível à classe, fazendo agora o presidente da Ordem dos Músicos do Brasil um novo apelo. E que a Prefeitura deve - e pode - atender, já que, com os aumentos prediais e em outros setores, sua arrecadação triplicou.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
9
17/10/1980

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