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Observatório

ROXO, na Baixada Fluminense está numa zona em que um estudo da ONU comprovou ser a área de maior violência do mundo. Por isso não deixa de ser curioso que venha de Belfort Roxa, caixa postal 19, remetida pelo sr. Manoel Jacintho Coelho, uma mala direta anunciando o livro << Universo em Desencato >>, obra que propõe << o encontro com a individualidade >> e se diz revelador da << verdadeira origem da humanidade (com) revelações feitas pelos extraterrenos e do nacional superior >>. E o que é a força racional? Explica a mala direta: << a força mais poderosa do mundo porque tudo que existe é de origem Racional. Então o poder dos poderes é Racional (...) Logo toda a humanidade, uns mais cedo, outros mais tarde, tomarão conhecimento da sua verdadeira origem Racional >>. Mas não é preciso escrever para Belfort Roxo. Tanto << Universo em Desencanto >>, como o jornal << Racional >> estão a venda em 5 bancas de Curitiba e mais Campo Largo, Ponta Grossa, Guarapuava, Apucarana, Londrina, Maringa e Paranavaí. Numa cidade como Curitiba, onde as religiões e crenças têm campo fértil, sem dúvida, << Universo em Desencanto >> pode chegar, fácil, fácil, à lista dos best-sellers. A jornalista Miriam Alencar, durante mais de 15 anos uma das repórteres especiais do << Jornal do Brasil >> e que inúmeras vezes esteve em Curitiba, fazendo matérias sobre aspectos culturais do Estado, está há 4 meses morando em Tóquio Esposa de Michael Murphy, que dirigia a United Artists no Brasil desde 1978, acompanhou o seu marido, transferido para o Japão, onde assumiu a supervisão de vendas para o Oriente, tendo sob o seu comando o Japão, Tailândia. Paquistão e Índia. Para o seu posto, no Brasil, veio Stuart Salter. A propósito, dois outros importantes cargos na United Artist - A Transamerica Company, têm novos ocupantes: Michael William Jones, que foi diretor geral da UA por 6 anos, no Brasil, ocupando o mesmo cargo na CIC, passou agora, em Nova Iorque, para a vice-presidência de vendas internacionais. Já Anthony Manne, ex-diretor geral da Columbis Pictures do Brasil por 3 anos e que fundou com Hani Rocha e o crítico Alberto Shatoviski, o Grupo Nacional de Diversões, responsável pela programação da cadeia Cinema 1. após voltar aos EUA e trabalhar na Jad Film, acabou contratado pela United Artists e nomeado supervisor de vendas para a América latina. Afinal, experiência no ramo, tendo supervisionado já vendas para Itália, França e Portugal, não lhe falta. O produtor Júlio Kruguer está preocupado em tornar mais jornalístico e menos publicitário o seu cine-atualidades. O que estava em exibição no Bristol, até domingo em complemento ao excelente << Queimada>, inclui duas reportagens interessantes: uma sobre o fechamento dos cinemas, focalizando o morgenal e Avenida, que estão em seus últimos dias. Outro sobre a noite curtibana, com cenas mostrando, desde o bar Palácio até boates-gay. Mesmo que falte maior dinamismo às imagens, não deixou de ser um esforço válido de Kruger em melhorar a qualidade de seu cinejornal. FOTO LEGENDA - Michael William-Jones
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
1
07/05/1980

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