Os cargos & os homens
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 15 de abril de 1978
Definidos, praticamente, os nomes do primeiro escalão para o Paraná - governador, vice e senador biônico - começam as especulações do segundo escalão. E uma monótona sistemática tem início: nomes são lembrados, os futuros (e atuais) donos do poder procuram desmentir e, afinal haverá (algumas) confirmações.
Nesta semana, os primeiros nomes cotados no quadro de "secretariáveis" eram os de Vespero Mendes, atual diretor da Copel, para a Secretaria de Administração. Osires Stenghel Guimarães, caso não seja premiado com uma vaga de conselheiro (ou auditor) no Tribunal de Contas permanecerá na Secretaria dos Transportes. Naturalmente homens que nos últimos 10 anos estiveram afastado das lides políticas também, reaparecerão: Felipe Aristides Simão, ex-secretario do Trabalho e Assistência Social, ex-presidente da Casa do Expedicionário, seria o futuro Chefe da Casa Civil. E Jucundino Furtado, homem que foi um dos mais polêmicos secretários de Educação que o Paraná já teve, e que após afastar-se da política e administração pública, associado ao senador João de Mattos Leão, construiu uma fortuna fabulosa, que o faz agora um dos maiores contribuintes do Imposto de Renda no Paraná, voltaria a Secretaria da Educação. Quase que como um desafio a si mesmo.
xxx
A Idéia da Fundação Cultural do Paraná está morta e sepultada. Mas garante-se que o primeiro ato do futuro governador do Paraná será criar uma secretaria de Cultura, Esporte e Turismo. Com isso, já fica uma dúvida: qual será o destino da Paranatur? O atual presidente da empresa de turismo, Antônio Santana Lobo, comentava quinta-feira, com amigos, que para desenvolver os projetos que tem, precisaria de um mandato mínimo de 6 anos.
Enviar novo comentário