Os ricos aderem ao INPS
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 06 de março de 1977
No momento em que o economista Reinhold Stephanes, presidente do INPS, vê seus cabelos embranquecerem com os problemas que enfrenta - só em Curitiba, o Instituto deve cerca de Cr$ 70 milhões para mais de 50 hospitais - um detalhe que necessita ser lembrado em termos de previdência social: o crescimento das filas não é decorrência na deficiência do atendimento. Embora, diga-se a bem da verdade, haja um esforço desde que Stephanes assumiu a presidência do INPS, em melhorar o atendimento, concretizando inclusive os médicos, é cada vez maior a procura dos serviços oferecidos, não apenas pelas classes assalariadas, mas mesmo por contribuintes de melhor poder aquisitivo - como profissionais liberais e até empresários.
Um experiente médico, 35 anos de trabalho junto a previdência social, observava ontem que a classe média e mesmo a superior passou a procurar o atendimento previdenciário. Com isso, além do progressivo esvaziamento dos consultórios particulares tem resultado na maior demanda dos serviços do INPS - nos ambulatórios e, principalmente, nos casos de internamento.
Um exemplo de empresário bilionário, que já há muito vem utilizando os seus direitos de contribuinte da previdência social, sempre que necessita de tratamento para si ou para os familiares: Noel Lobo Guimarães, secretário de Interior, e presidente de um dos mais prósperos grupos econômicos do Estado.
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