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O professor Alceu Schwab, coordenador dos órgãos suplementares da Reitoria da Universidade Federal, e um dos que melhor conhece música popular entre nós, vai enviar, na próxima semana, uma carta ao poeta Vinícius de Moraes. Nela, Scwab pedirá ao compositor que homenageie Alfredo Rocha Viana - o Pixinguinha, fazendo uma letra para "Ingênuo", o choro que o autor de "Carinhoso" mais apreciava. * Benil Santos, hoje um dos mais importantes empresários brasileiros, chega amanhã cedo a Curitiba: vem acertar um grande esquema para apresentações de seus contratados - Nara Leão, Maria Bethania, Chico Buarque de Hollanda - e preparar a temporada de Chico Anísio, que a partir de quinta-feira estará apresentando o espetáculo "Uma Noite com Chico Anísio" no auditório da Reitoria. * Sansores França, ao mesmo tempo que ensaia um dos bons papéis de "Em Família - que o Teatro de Comédia do Paraná levará ao Interior - continua a apresentar a peça infantil "Libel, a Sapateirinha" nos colégios da cidade. * O Noel Rosa Futebol e Melodia, presidido pelo livreiro Irajá de Sousa Reis proprietário da "Feira dos Livros Usados") e que tem o jornalista Milton Ivan como uma espécie de diretor artístico, está sendo reestruturado "em bases mais reais e com humildade". O grupo de sadios boêmios pretende voltar a apresentar um "show" no Paiol, como fez no ano passado. * A partir de amanhã naquele teatro, tem inicio o ciclo de filmes sobre automobilismo, com patrocínio da Federação Paranaense de Automobilismo e da Filmoteca Shell. Durante quatro noites, com entrada gratuita, serão exibidos mais de sete horas de documentários sobre as mais importantes provas de automobilismo realizadas a partir de 1902. Uma oportunidade única dos volantes e apaixonados pela velocidade conhecerem alguns históricos momentos do automobilismo mundial. * Carlinhos Lyra, o criador de tantos sucessos da melhor fase da Bossa Nova ("Minha Namorada", "Marcha da Quarta-Feira de Cinzas", "Manias de Maria" etc.) vem, pela primeira vez: chega na sexta-feira, para um "show", na boate do Clube Curitibano e, no sábado e no domingo, estará se apresentando no Paiol, com musicas dos anos 60 e suas novas e belíssimas composições (que lançou no final do ano passado, no lp "Elas & Eu". * Muita gente foi cumprimentar José Maria Santos, o mais profissional - e bom caráter - de nossos homens de teatro, no coquetel de sexta-feira, no restaurante Mouraria, em que ele apresentou os irmãos Narciso e Denise Assunpção, que com ele dividem a interpretação de "Fulano de Tal", peça de Manoel Carlos Karam, a partir de quinta-feira em cartaz no pequeno auditório do Guaíra. É um novo espetáculo de Zé Maria, que pretende viajar por várias cidades e repetir o sucesso (artístico e financeiro) que alcançou com suas montagens anteriores - "Lá" e "Fala Baixo Senão Eu Grito". * Rogério Bonilha transando nova peça, só que numa linha menos hermética experimentalista do que sua última montagem, apresentada no Paiol, em fevereiro último. * "A Mouraria" - instalada na Rua Mateus Leme, nas antigas instalações do restaurante Gralha Azul, pertence ao ex-ator Fernando Zeni, hoje afastado dos palcos e faturando alto no comércio. Com música ao vivo - uma boa crooner portuguesa, Maria José - ali se apresenta todas as noites, o ambiente está se transformando no novo ponto de encontro da desunida classe teatral - Denise Stocklos, que casou e foi morar na Guanabara, consegue sua primeira chance: fará parte do elenco de apoio na montagem carioca de "Mirsa Leiga" de Chico de Assis, no Teatro Tereza Rachel. * Edson Bertoldi com planos de movimentar artisticamente sua boate Bugatti ainda a melhor casa noturna da cidade: após a temporada de Altemar Dutra vai trazer no mínimo, um grande cartaz nacional por mês. * Quem gosta de cinema político tem hoje uma chance única de conhecer um dos filmes mais badalados dos últimos 10 anos: "O Bandido Giuliano" de Francesco Rosi, o mesmo diretor de "O Caso Mattei" (apontado pela crítica carioca como o melhor filme de 1972 e ainda inédito em Curitiba). Com este filme, será encerrado o Festival do Cinema Italiano, no Paiol que de janeiro a março trouxe à nossa cidade algumas das mais importantes obras do cinema peninsular dos últimos 30 anos.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
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Tablóide
6
11/03/1973

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