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Aramis

Papagaiada

Uma questão muito alada vai pousar nos próximos dias na mesa de algum dos desembargadores do Tribunal de Alçada, exigindo muito equilíbrio do magistrado que apanhar a pena para dar a sentença. Pois o pivô da causa é nada mais nada menos do que um bonito papagaio que fala bastante e como bom psicatiforme também conhece alguns sonoros palavrões. Tudo começou no ano passado, quando o fazendeiro Rubens Pânico, residente na Rua Drango, na cidade de Arapongas, notou que o seu papagaio havia desaparecido e, por uma colorida coincidência, uma ave semelhante havia pousado há igual tempo no poleiro de seu vizinho, Miguel Houatich, na mesma rua. Esgotadas as conversações amigáveis, Pânico não teve dúvidas: apresentou uma representação contra o vizinho, acusando-o de apropriação indébita. Enquanto o processo se arrastava, o juiz José Wanderley Rezende nomeou como depositário da ave o Sr. Bernardo, proprietário de lanchonete Cachanga, na Rua do Tucano. Formado o volumoso processo, as provas levantadas não foram suficientes para convencer o juiz Rezende da apropriação indébita - já que a maior dificuldade era estabelecer a verdadeira identidade do pássaro, pois o querelado argumentava ter adquirido há muito tempo o seu papagaio. Afinal, concluiu pela insuficiência de provas, absolvendo o réu. Em pânico pela decisão, Rubens Pânico contratou o advogado Francisco Leite Chaves, dono da mais movimentada banca de Londrina e candidato do MDB ao Senado, para, com sua pena inspirada preparar um recurso ao Tribunal de Alçada, já que o promotor de Arapongas, Gustavo Amazonas de Almeida não havia recorrido da sentença do juiz da comarca. Em seu emplumado arrazoado, Chaves argumenta que um caso ornitológico como este só poderia ocorrer mesmo numa cidade chamada Arapongas, onde todas as ruas tem nomes de pássaros. Extra-judicialmente, comenta-se que problemas mais profundos devem ter provocado a demanda, pois tanto Pânico como Houatich são prósperos araponguenses, ligados a empreendimentos rurais e não teriam motivos financeiros para brigar por uma ave, por mais estimação que a mesma merecesse. Assim, na verdade o papagaio está pagando o pato.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
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11/06/1974
Erros grosseiros na fraude que foi as eleições na cidade de Arapongas. 1)-Segundo o Ter Arapongas tem72841eleitores apto a votar distribuído em duas zonas eleitorais, a 61 com 110 cessões e38679 eleitores mais a zona 180 com 94 cessões e 34672 eleitores que juntos dão um total de 73511 eleitores diferente dos 72841 do Ter. 2)-Somados os títulos cancelados mais os suspensos e os apto a votar o numero de eleitores é de 79041. Especialistas dizem que quando o numero de eleitores ultrapasse dois terços do numero de habitantes é sinal de fraude e Arapongas tem 96000 habitantes e dois terços desse numero é 64000 esse seria o ideal,mas, temos mais de 15000 eleitores acima do que deveria ser. 3)-Os votos validos para vereador é de 57053,mas, a soma dos votos de todos os candidatos é de 51802 votos , cadê os 5251 votos restantes? Voto de legenda? Mas, quem se beneficiou com eles. A porcentagem dos votos de todos os candidatos a vereador é de 90,77% de 57053 é 51787 diferente da soma dos votos de todos os candidatos que é 51802. 4)- O jornal o Povo do dia 3 de outubro de 2008 diz que o numero de candidatos a vereador é um total de 108, mas, o mesmo jornal do dia 7 de outubro de 2008 traz a relação dos votos de apenas 101 candidatos um com 6602 votos e o menos votado com 28 votos, e os outros candidatos? 5)-O Jornal o Povo do dia 3 de outubro de 2008 traz a relação de endereços das seções eleitorais e diz que a 180 zona eleitoral está distribuída em 94 seções, mas mostra o endereço de 108 seções descontado as de Sabaudia, e na 61 zona eleitoral está distribuída em 110 seções, mas traz o endereço de 184 seções, pois é nada combina nestes números absurdos. Arapongas não merece isso.

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