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Pirata, um voluntário cobaia para o novo aparelho sonoro

New York - Celso Locker, o Pirata, 41 anos, que se encontrava em nova temporada novaiorquina há 4 meses, acabou atrasando uma semana o seu retorno a Curitiba (embarcou somente no sábado, 11) para assistir ao menos a primeira noite da mostra de música instrumental promovida pelo Som da Gente, no Town Hall. Celso está chegando em Curitiba com muitas novidades, inclusive o projeto de retornar em outubro, pois após seis vindas a Nova Iorque - algumas delas com permanência de muitos meses - começa a ver algumas possibilidades de trabalho regular numa cidade com milhares de músicos vindos de todas as partes do mundo, em busca de fama e sucesso. Advogado da Prefeitura de Curitiba e há dois anos também lecionando sonoplastia no Curso de Artes Cênicas da Universidade Católica, "Pirata" teve muitas atividades nesta sua última temporada novaiorquina. A convite de um amigo, Dale T. Teaney, físico e professor do New Jersey Technology Institute, Celso foi, como cantor, uma espécie de cobaia voluntária para o experimento de um aparelho destinado a revolucionar o mundo artístico: o Projeto Midivox - voice controler para sintetizador desenvolvido pela Synchrovoice Inc. A partir de um aparelho de uso médico - o Electron Gloto Graphic, destinado a medir e mostrar o estado das cordas vocais, Teaney passou a estudar sua utilização também para o uso vocal, especialmente por cantores. Adaptado com três eletrodons de rádio freqüência, colados no pescoço junto às cordas vocais, o aparelho poderá ter excelentes resultados - embora, até agora, o único protótipo só tenha sido desenvolvido em Celso Locker, que se orgulha de ser "o primeiro cantor do mundo a utilizá-lo". Um pouco complexo em sua estrutura técnica, o aparelho está, naturalmente, em fase de testes e aprimoramento - e sobre ele, Celso poderá falar, detalhadamente agora que chegou a Curitiba. Em termos musicais, Celso conseguiu fazer alguns trabalhos nesta sua temporada novaiorquina. Com três amigos porto-riquenhos, formou uma banda - Felix Mendes, nos teclados; Bunnie Rodrigues na percussão e Papo Sanchez no baixo, mais ele na flauta, violão e voz, que entre os dias 2 a 4 de março inaugurou o café teatro Caliop, na cidade de Aralcibe, em Porto Rico. Com um amigo americano, o baixista Stafford James, de Illinois, Celso começou a preparar uma fita-demonstração com temas próprios, parar um possível elepê a ser produzido por Felix Mendes, da firma que tem o curioso nome de "Not a Simple Sound Productions" - com quem o curitibano Locker também conseguiu se enturmar nesta sua temporada novaiorquina.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
15/03/1989

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