A prudência do muro
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de maio de 1978
Um experiente jornalista político, com larga quilometragem nos corredores da Assembléia Legislativa, desde quando funcionava no antigo prédio na Rua Barão do Rio Branco, tentou fazer uma pesquisa entre os parlamentares sobre o momento político, procurando colher, principalmente entre os emedebistas, suas posições com relação à sucessão presidencial. Fez indagações, com as seguintes opções:
1- É favorável à candidatura Euler Bentes Monteiro, com apoio do MDB, à presidência da República?.
2- Acha mais justo que caso o MDB se decida a apoiar um candidato, o faça com um candidato autêntico, como, por exemplo, o senador Ulysses Guimarães, presidente do partido?
3- O senador Magalhães Pinto, mesmo sendo da Arena, é um candidato mais representativo e por isso merece o prestigiamento do MDB?
4 - Nem uma solução é satisfatória. O silêncio é a posição mais segura, pois afinal, prudência e caldo-de-galinha não fazem mal à ninguém.
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Consultados mais de duas dezenas de parlamentares, bem como alguns vereadores e mesmo líderes emedebistas do Interior, 70% preferiram a última resposta. Entre os arenistas, também houve resultados semelhantes.
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Conclusão: não é por nada que em todos os livros sobre a história política do Brasil a presença do Paraná tem sido tão insignificante.
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