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Aramis

Raulzinho do trombone volta com uma Big Band

- E agora com vocês, a Big Band's Raul de Souza & Sérgio Bianchi! Vestidos com incrementados trajes - que ainda não começaram a ser sequer desenhados - com um repertório dos mais amplos, dentro de algumas semanas, em breve esta nova atração musical estará nos palcos, "de Curitiba, do Paraná e do Brasil e mesmo do mundo - pois o céu é o limite, bicho", diz, em seu estilo tão característico, o grande Raulzinho, 56 anos - completados em 23 de agosto, 40 de música e que, como bom filho à casa volta, após algumas semanas de férias - nas quais só pegou no seu trombone de vara para participar de improvisadas sessions no Trumpet's, de seu amigo Saul Silva Bueno e no Cristal, Raulzinho está disciplinando - ele que sempre foi tão talentoso e criativo quando indisciplinado - sua vida para liderar, ao lado do baixista e arranjador Sérgio Bianchi, a primeira big band que se forma em Curitiba nos últimos anos. Big Band, na verdade, ainda não será - pois na etapa inicial terá apenas dez figuras. "Mas temos disposição e se houver condições cresceremos", dia Sérgio Bianchi, paulistano, às vésperas dos 35 anos - a serem completados no próximo dia 6 de fevereiro - e que há dez anos desdobra-se profissionalmente entre trabalhos em São Paulo e Curitiba. Ex-violonista e guitarrista, hoje baixista e arranjador, Bianchi tem uma boa quilometragem musical: já tocou com várias formações, participou de grupos que acompanharam artistas famosos e "para sobreviver", tem trabalhado em estúdios de gravação - fazendo jingles e trilhas sonoras. Por anos, foi contratado do Sir, e hoje é o principal arranjador e músico do Gramofone, o estúdio que a cantora e compositora Mara Fontoura, do grupo As Nymphas, fundou há pouco mais de um ano, associada a João Roberto Gaiotto e Álvaro Ramos. A idéia de reunir bons instrumentistas e formar uma Big Band, com repertório eclético - "vamos tocar música de qualidade, nacional e estrangeira, menos rock, é claro", diz, saudavelmente, Sérgio Bianchi, surgiu há algumas semanas. Eletricamente animada, Mara Fontoura, juntou seus esforços a Bianchi, fez contatos - há promessas (que, se espera, sejam cumpridas) de que a Fundação Cultura apoie o projeto e, tão logo tenham um bom espaço para ensaios (outra promessa feita por Lúcia Camargo) a banda começa a ensaiar. Até o meio da semana passada, faltava definir ainda o crooner e o sax-alto. Mara será a cantora e Bianchi arregimentou pelo menos dois músicos de formação sinfônica, que integram a Osimpa - o primeiro trombone Silvinho Scalaoriz e o primeiro trumpete Marcos Xavier, ambos paulistas. O curitibano Belmiro Jorge é o baterista e o tecladista é um ex-bóia-fria, vindo do Interior, mas ao que consta, de extraordinária musicalidade: Hertejo Ojoara. Divonir, elogiado sax-tenor, com muita experiência, também já se integrou à banda. Os projetos são amplos e ambiciosos. Bianchi quer ver a banda bem ensaiada, com um repertório seguro, antes de estrear - embora, pela própria dificuldade do mercado, seus integrantes não possam se dar ao requinte de passar meses apenas ensaiando. Brincando, Raulzinho diz: - "É preciso entrar na estrada, abrir espaço e, se possível, dar condições para que outros bons músicos apareçam. Só assim teremos uma Big Band mesmo...". LEGENDA FOTO - Sérgio Bianchi, Mara Fontoura e Raulzinho formando uma Big Band em Curitiba.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
20/01/1991

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