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Aramis

Rui Biriba, um cantor com o som do chimarrão

Há mais de uma semana que Rui Biriva (Rui da Silva Leonhart, Horizontina, RS, 28/10/1958), encontra-se no Paraná, divulgando seu primeiro elepê ("Cantar", Continental, maio/87). Rui é o exemplo do novo artista gaúcho. Cantor com voz personalíssima, compositor que venceu, há dois anos, a Seara da Canção Nativa, em Carazinho, com seu belo "Santa Helena da Serra" (Parceria com José Luiz Vilela), chega ao primeiro elepê produzido por Ayrton dos Anjos, o mais ativo record-man do Sul, executivo da Continental, gravadora que tem sabido investir na música nativista. Como Rui, dezenas de outros artistas gaúchos puderam se profissionalizar a partir dos festivais, aproveitando a natural promoção que os mesmos dão aos participantes de maior talento. Entretanto, não é fácil encontrar espaço num mercado competitivo como o gaúcho. Por isto mesmo, Rui Biriva - o nome artístico veio da canção "Birivas" (Airtom Pimentel/ Gilberto de Carvalho), com a qual venceu a 4ª Seara da Canção Gaúcha (Carazinho, 1982) - enaltecendo os "birivas" (tropeiros de gado) está trabalhando para fazer com que seu disco ganhe divulgação nas programações das AM/FM do Sul. Biriva preocupa-se com o desconhecimento do nativismo fora do Rio Grande do Sul. "Infelizmente há muitos que confundem a nossa música de raízes com a sertaneja, quando buscam caminhos próprios - embora ambas tenham raízes na terra", explica Rui. O Paraná tem grandes ligações em sua vida. Seu pai Adalibio da Silva, investiu em Medianeira, onde se fixaria um de seus irmãos, Nilson - hoje líder político da região. E, por algum tempo, Rui morou em Medianeira e, mais tarde em Cascavel, preparando-se para o vestibular do curso de Direito da Universidade de Ponta Grossa, onde entrou em 1978. Mas na época já cantava e tocava violão, vencendo todos os festivais regionais "a tal ponto que acabaram me proibindo de concorrer", comenta. A paixão por uma professora de piano, Miriam - que se mudaria de Ponta Grossa para São Paulo, o fez interromper o curso e, por três anos, morar em São Paulo. O romance acabou mas, nestas alturas, Rui já tinha decidido fazer música: com ajuda de Corumba (ex-parceiro de Venâncio, compositor e cantor sertanejo), deu rumos profissionais a sua carreira, estudando canto com Cláudio e arte dramática com Paulo Goulart. "Procurei me aprimorar, ter uma base mais sólida", explica. A saudade foi grande e acabou voltando para o Rio Grande do Sul e ali, "puxando uma violada e cantando as músicas que gostava" no "Céu da Boca", ponto musical gaúcho, conheceu Airtom Pimentel, que o levaria a participar da Seara, vencendo com "Birivas" e abrindo um ciclo de vitórias em festivais: I Primavera do Canto Xucro (Caxias do Sul), 2º Acampamento Nativista (Campo Bom), Ciranda das Cirandas (Taquara) e Canto Nativo (Santo Augusto). Em discos de festivais, acabou gravando 48 músicas em dois anos, experiência para ganhar seu próprio elepê - que "ainda não foi exatamente o que eu desejava fazer, mas que vale como início, mostrando minhas propostas de fazer música entre o rural e o urbano, sem negar minhas origens, enfim, sem perder o gosto de um bom chimarrão". Homem da terra - tanto é que assessorando o deputado federal Irineu Colatto chegou a residir em Brasília alguns meses ("mas não agüentei a falta de bares da esquina, onde pudesse puxar uma viola"), preferiu voltar ao Rio Grande do Sul. - "Sou um homem do canto, na simplicidade dos amigos e do encontro. E isto procuro colocar em minha música que faço com amor e entusiasmo."
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
17
27/06/1987
gotaria tanto do fundo do coraçao ,conhecer RUI BIRIBA de perto e passar umas horas do lado dele curtindo as gostosas musicas dele, tocando em algun chol ou mesmo em bares,,,sou uma mulher de 48 anos e adorei ele sou feliz estrovertida e meu sonho e adoro gauchos ,amo de paixao,,,,quem sabeme realizo um dia esse sonho,,,,,,,,sou de caratinga minas gerais,,,,,033 33214670 me ajudemrsrsrsrsrrs

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