Sandrine, a pesquisa médica em Baltimore
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 15 de janeiro de 1988
O médico e professor Rômulo Sandrini inicia 1988 chegando a Baltimore, onde será professor-convidado de John Hopkins University. Ao lado de sua esposa, a artista plástica Stela Sandrine (Teca) - a grande premiada no Salão Paranaense de Belas Artes - 1986 - embarcou quinta-feira, via Nova Iorque. Os filhos - Giovanna, 18 anos - uma das mais belas jovens de sua geração e que semanalmente enfeita as colunas sociais, e Giuliano, 15, permanecerão por mais de um mês em Curitiba. Giovanna, está prestando o vestibular de psicologia - mas mesmo aprovada não vai cursá-lo agora. A perspectiva de morar nos Estados Unidos é, no momento, mais atraente.
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Catarinense de Braço do Mar, 48 anos, médico formado pela Universidade Federal do Paraná na turma de 1965, Rômulo Sandrine integra a equipe de professores do Departamento de Pediatria da UFPR. Dedicando-se por mais de oito horas, diariamente, ao serviço de pediatria, vem desenvolvendo há anos um trabalho científico da maior importância que o tem levado a ser convidado para importantes congressos e outros eventos científicos. Em 1986 esteve na Suécia por três semanas e, no final do ano passado, foi um dos conferencistas numa reunião sobre infância & saúde promovido pela UNICEF em Santiago do Chile.
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Ao lado de colegas igualmente brilhantes como Israil Cat, Nelson do Rosário, filho e Raul Ribeiro Correia, entre outros professores da Universidade Federal do Paraná, Rômulo tem se dedicado especialmente a pesquisas na área da endocrinologia ligada a infância. Detectou, inclusive, casos especiais de um novo tipo de câncer que vem se manifestando com preocupante (e grande) incidência no Paraná e cujas causas ainda não foram oficialmente diagnosticadas - mas que podem ter como origem o uso de agrotóxicos. Justamente por sua grande preocupação em aprofundar os estudos e pesquisas, mereceu convite de um dos maiores nomes da pediatria nos Estados Unidos, o professor Claude Migeom, para integrar-se aos trabalhos que vem sendo desenvolvidos na John Hopkins University, famosa por sua escola de medicina. Assim, por um período de um ano - mas com oportunidade para ampliar a sua permanência - Rômulo estará num dos mais avançados centros médicos do mundo, dentro de uma universidade na qual trabalham nada menos que quatro prêmio Nobel - um dos quais na área da medicina.
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Teca, artista plástica cujo conceito tem crescido nacionalmente nos últimos anos, aproveitará a vivência americana para ampliar suas fronteiras profissionais. Leva um bom portfolio, inúmeras gravuras e desenhos e, sobretudo, a disposição de usar da melhor maneira possível o tempo que permanecerá nos Estados Unidos. Know how de vivência no Exterior o casal já tem: entre 1970/72, Rômulo e Teca residiram em Buenos Aires, quando ali fez especialização em endocrinologia. Sabendo aproveitar o lado cultural das grandes cidades, Rômulo e Teca se tornaram grandes amigos do desenhista Quino, com quem se correspondem até hoje.
LEGENDA FOTO - Teca: agora em Baltimore.
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