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Aramis

Saúde da população

O teor da "Carta aos profissionais de saúde à população brasileira", elaborada e assinada por alguns setores da área médica, não está sendo endossado por diversas associações médicas, por considerarem o documento omisso em diversos pontos, e de pouco "peso". Para o presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, e representante oficial da Associação Médica Brasileira, Mário Barreto Lima, o documento divulgado "omite a necessidade de alocação maciça de recursos para a promoção de saúde, não apenas no sentido assistêncial - o que de certa forma é feito - mas sobretudo em termos de medicina preventiva, apesar de seus menores efeitos políticos, e em termos de melhoria de qualidade de vida da ppulação, como um todo". O médico diz ainda ser impossível a execução de um planejamento de saúde, sem que os próprios médicos participem de sua elaboração, fato não levantado pelo documento. Por este motivo é que evidencia a "Necessidade de uma efetiva, ampla e democrática participação do médico como categoria profissional, não 'só na execução como principalmente no planejamento da saúde. Os planejamentos efetuados em gabinetes e mandados cumprir de forma vertical e autoritária jamais atingem seus objetivos, nem no Brasil, nem em qualquer lugar, por falta de elementos primordiais que são a identificação, a boa vontade e a participação de seus executores". Além de apontar estes pontos não levantados na carta publicada, o presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia diz que suas análises não são totalmente corretas, e cita como exemplo, o ponto em que se detem "sobre as condições de saúde da população brasileira, procurando filiá-la, como é lógico fazer, à má distribuição da renda nacional, aos baixos salários, etc. Neste ponto ela se refere à alta incidência de doenças infecciosas e parasitárias, a elas somando também as doenças degenerativas, como as cardiovasculares , as quais, ao contrário, estão sabidamente mais ligadas a afluências, a sedentariedade, aos excessos dietéticos. Perdeu-se assim a oportunidade de se fazer um documento de maior peso". MAMBEMBÃO Na primeira semana de janeiro terá início o Projeto Mambembão, promoção do Serviço Nacional de Teatro, que reúne doze espetáculos. A primeira fase desta atividade será apresentada no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Diversos Estados, do Amazonas ao Rio Grande do Sul, participam com alguma peça. O Paraná, porém, ficou de fora e não cumprirá este primeiro roteiro. Segundo nota do SNT, um de seus assessores. Aldomar Conrado, visitou diversas capitais brasileiras, ouviu a opinião de críticos e assistiu peças teatrais na época em cartaz, antes de fazer a escolha. Em que época esta pesquisa foi realizada e quais os críticos ouvidos pelo SNT nos Estados, a nota não especifica. Mas, este é apenas o primeiro Mambembão. Vamos esperar que para a segunda fase o Paraná esteja representado também. Para este primeiro ciclo, foram escolhidas as seguintes peças: "Festança no Reino da Mata Virgem", do Grupo Mamulengo Só Riso, de Pernambuco; "Os Coioteiros", Grupo Oficial do Teatro Santa Rosa, de João Pessoa; "Cavaleiro do Destino", do Grupo Laborarte, do Maranhão; "Folia do Latex", Grupo Experimental do SESC, do Amazonas; "Jogos na hora da sexta", Grupo Circo XX, do Rio Grande do Sul; "A morta", do Grupo Ex-Núcleo de Trabalho Alternativa, também do Rio Grande; e mais duas peças de Santa Catarina: "Climnestra Vive", do Grupo de Pesquisas de Teatro Novo.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
1
22/12/1977

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