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Aramis

Segall, muito obrigado!

O jornalista Jorge Leão Teixeira, um dos veteranos profissionais da equipe da "Visão" - desde sua funda9do, há 30 anos, - e diretor da sucursal do Rio de' Janeiro, é o redator da página de maior leitura da revisão: "Mosaico". Excelente e bem humorado texto, Ledo Teixeira reúne estórias pitorescas ocorridas cm todas lis partes do Pais1 que, cm seu estilo saboroso e com ilustrações apropriadas, faiern da ultima página da "Visão" um oásis de bom humor. A gaffe que a diretoria da Fundação Cultural de Curitiba quase cometem há um mês e devidamente denunciada na coluna de Claudio Manoel da Costa - chegou as mãos de Ledo Teixeira, que no número da "Visão" que está nas bancas. com o titulo de "Por um Triz". publica o seguinte: "O Museu Lasar Segall, de São Paulo, cedeu peças de seu acervo para urna exposição realizada recentemente em Curitiba. Terminada a mostra, um dirigente da entidade que a patrocinou resolvem enviar um oficio a Lasar Segall, "agradecendo sua colaboração para o bom êxito da exposição". O ofício já estava pronto para seguir com destino ao Correio quando um Olho providencial o detectou e informou a quem de direito sobre o falecimento do destinatário há muitos anos." A bem da verdade, deve-se lembrar que quando foi esta a primeira vez que Lasar Segall (falecido cm 1957) é confundido por nossos "homens da cultura". Há alguns anos, no hall do Teatro Guaíra, se inaugurava urna mostra de trabalhos cedidos pelo Museu Lasar Segall, quando chegou, atrasado, o diretor do órgão que promovia a amostra. Esbaforido, nervoso, foi perguntando a um assessor: - Aonde está o autor? Quero lhe dar meu abraço... O expressionisino alemáo para Curitiba conhecer! Só mesmo pela generosidade do Goethe Institut/Instituto Cultural Brasileiro Germânico, é que se pode entender que as entidades culturais da cidade (sic), se aproveitem das múltiplas promoções que aquela mstitui9áo patrocina no Paraná, para explorarem como e "suas" realizações. Por exemplo, deve-se única e exclusivamente ao Goethe Institut, as promoqées relacionadas ao "Expressionismo e a Arte Brasileiro", "O Teatro Expressionista", "O Expressionísmo na Literatura Alemã" e a retrospectiva Murnau-Mayer-Veidt - Três destaques do cinema expressionista alemão, que terão início a partir de segunda-feira, 12. Xxx Catálogos de alto nvel, conferências, exposições, numa programação inteligentemente preparada, confirmam mais uma vez o quanto a cidade deve a este instituto cultural. Se não fosse o Goethe, como nos cansamos de aqui frizar, tanto a Secretaria da Cultura (sic), corno a Fundação Cultural ficariam com muitos de seus espaços fechados- especialmente na atual administração. Mas existe o Goethe e com isto, há promoções como esta. Por exemplo, no auditório do Instituto (rua Duque de Caxias, 4), a partir do dia 19, haverá o ciclo da conferência sobre o expressionismo alemão e seus reflexos nas artes brasileiras. Ao lado de professores de São Paulo - Luiz Carlos Datir e Modesto Carone (da USP) e da Alemanha (Hans – Joachim Schleger), também gente competente da Universidade Federal foi convidada, como as professoras Adalice Araujo, Cassiana Lacerda, Marta Costa e o padre José Penalva. Xxx Na Cinemateca do Museu Guido Viaro, urna mostra de clássicos dos três mais notáveis cineastas expressionistas alemães: Friedrich Wilhelm Murnau (1888-1931), Carl Mayer (1894-1944) e Conrad Veidt (1892-1943). Entretanto, filmes de outros mestres expressionistas também serão exibidos, corno Roberto Wíene (1881-1938), realizador de "O Gabinete do Dr. Caligan" (1919, roteiro de CarIs Mayer/Hans Janowitz), que abre o ciclo, no dia 12, em sessões às 20 e 22 horas.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
12
10/09/1983

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