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Aramis

Teatro

Dentro da válida abertura para o campo da música popular que, em momento iluminado, o maestro Isaac Karabitchevsky propôs para o VII Festival de Música de Curitiba, sem dúvida o nome mais importante que veio à nossa cidade é o de Dory Caymmi, já que em que pese o indiscutível valor de Egberto Gismonti, o autor de "O Sonho" é um músico de formação erudita e que embora tenha feito 3 lps aparentemente buscando uma comunicação mais popular, nunca deixou de ser o criador sofisticado, elitista - num isolamento que, segundo informações não confirmadas, se transmite a dificuldades de relacionamento pessoal. Embora se tente eliminar as imbecis fronteiras entre clássico/popular, o fato é que elas existem e assim não se pode deixar de situar ainda Dory Caymmi como um músico popular. Talvez um de nossos 5 melhores arranjadores, com uma tremenda herança (e responsabilidade) musical, filho de um dos nomes mais importantes da MPB em todos os tempos. Dory Caymmi, dentro do curso de música que ora se realiza no Colégio Tuiuti uma das personalidades de maior destaque, embora - como todas as pessoas de real valor e como o seu admirável pai - mantenha uma simplicidade quase franciscana. O espetáculo que apresentou no Guaíra, dia 4 e que agora repetirá (Teatro do Paiol, foi, em nossa opinião um dos melhores momentos da MPB que já vimos em Curitiba: com a comunicabilidade que só o real talento garante. Dory mostrou suas músicas, lembrou os maiores sucessos de seu pai e em sua linguagem espontaneamente bem humorada, demonstrou aptidões de show man. Por isto ninguém pode perder esta segunda (e penúltima) chance de ouvi-lo em Curitiba. Dory merece o Caymmi do nome.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
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15/01/1974

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