Login do usuário

Aramis

Vocalistas

Embora tenha nascido na França, Sacha Distel (Paris, 29/1/1933) sempre foi um apaixonado pela música americana. Guitarrista há 31 anos, tendo passado por várias orquestras e conjuntos há 18 anos, com "Every ody Loves a Lover" se destacava nas paradas e em 1962 era contratado para fazer shows no Copacabana Palace. Foi um dos maridos de Brigitte Bardot, fez filmes, andou desaparecido, mas nunca deixou a peteca cair. Agora, em "Loves Is All" (PYE/Chantecler, 4-14-404-062), amparado em arranjos de dois ótimos maestros, Tony Hater e Peter Knight, reuniu um repertório dos mais agradáveis, como "I Thought About You" (Mercer/Heusen), "How to Handle A Woman" (Lerner/Loewe), "What I Did For Love" (Hamlisch-Kleban), mas incluindo também "Feelings" para fazer Morris Albert ficar mais rico. Para quem aprecia, mesmo, a música francesa, indispensável é o álbum duplo "Olympia 76" com Gilbert Becaud (EMI/Pathé, 17018/9), gravado ao vivo, no famoso teatro francês, e onde entremeado de textos de Amade, Delanoé, Thomas e Vidalin, becaud (François Silly, Toulouse, 24/10/1927), desfila um repertório dos mais emocionantes, que vai de "Seul sur son étoile" ao indispensável "Et maintenant" - seu maior sucesso. Um álbum duplo para ninguém botar defeito. Nova-iorquino de 3/8/1926, mas filho de italianos, Tony Bennett (Anthony Benedetto) é, cm razão, considerado o grande herdeiro vocal de Sinatra: depois de gravar com grandes orquestras sinfônicas, encontrou no pianista Bill Evans (um dos mais suaves [tecladistas] e compositores do jazz contemporâneo) um parceiro ideal: ao primeiro elepê que fizeram juntos, há 6 anos - e que consideramos um dos melhores lançamentos no Brasil de 77, soma-se agora "Together again" registrado já há 5 anos, mas só editado em 77 nos EUA. Um disco da maior ternura (AF/Continental), onde o repertório é tão perfeito quanto a voz de Bennett e o piano de Bill, resultando um álbum que merece nota máxima e é candidato a entrar, seguramente, entre os melhores lançamentos do ano: "The Bad and the Beatiful" (David Baskin/Dory Lagdon), "Lucky To Be Me" (Leonora Bernstein/Betty Comden), "Make Someone Happy" (Jule Styne), "You're Nearer" (Richard Rodgers/Loren/Hart), "A Child Is Born" (Thad Jones/Alec Wilder), "You Don't Know What Love Is" (Don Raye/Gene de Paul), "Maybe September" (Percy Faith/Jay Levingston/Ray Evans), "Lonely Girl" (Neal Hefti / Levingston / Evans), "You Must Believe In Spring" (Legrand / Marilyn - Alan Bergman). Mas a melhor faixa - se fosse possível dizer qual é a melhor, entre tantas jóias - é a antológica "The Two Lonely People", música de Bill Evans, letra de Carol Hall (também cantora) - que por si só já vale a compra deste álbum maravilhoso. A temporada de Fred Bongusto no Brasil, há algumas semanas, animou as gravadoras a lançarem novos discos deste cantor italiano de prestígio em ascensão: contratado da Warner, Bongusto fez, entretanto, discos em outras fábricas, como a Zebra, de Roma - e assim a Copacabana aproveita e lança "Professionista Di Notte", onde Bongueto desfila um repertório próprio - "La Cancioni Di Armando", "Prima Il Nulla, Ora", "Cazzarola", somado a composições de outros autores e até uma versão" (Brutissima, Belíssima/You're My Everything"). De [qualquer] forma, um bom disco!
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Música
37
13/05/1979

Enviar novo comentário

O conteúdo deste campo é privado não será exibido publicamente.
CAPTCHA
Esta questão é para verificar se você é um humano e para prevenir dos spams automáticos.
Image CAPTCHA
Digite os caracteres que aparecem na imagem.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br