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Aramis

Artigos por data (1977 - Fevereiro)

Os clicks de Jack

Ontem, ao entardecer, o fotografo Jack Pires viveu momentos felizes: em plena Rua das Flores, rodeado de amigos, autografou dezenas de exemplares de seu livro "40 Cliks de Curitiba" (Edições Etecetera), com poemas do concretista Paulo Leminski. Aos 56 anos, mais de 30 de fotografia, um curriculum que destaca passagens por grandes jornais e revistas ("O Estado de São Paulo", Abril, Visão, etc.), Jack Pires é um profissional que sabe obter, com sua câmara, imagens repletas de ternura vida ou contrastes.

O talento de Ramalho

Como toda pessoa de real talento e valor, é simples, modesto, amigo. Não procura a promoção pessoal e nem se preocupa em anunciar aos quatro ventos seus méritos. Paulista de Pirassununga, 36 anos, um curso de engenharia eletrônica abandonado no quinto ano, quatro anos na direção do Museu Lasar Segall, cujas atividades foram intensificadas neste período, Francisco Ramalho Júnior viu, inesperadamente, seu terceiro longa-metragem, "A Flor da Pele", receber os três principais prêmios no Festival de Gramado, em janeiro último: melhor filme, roteiro e atriz (Denise Bandeira).

Imprensa (também) é notícia

Brava imprensa interiorana: após 12 anos de interrupção, voltou a circular o "Castro-Jornal", agora de propriedade do exibidor Ismail Macedo. De 17 de abril de 1931 a 23 de dezembro de 1965, o jornal fundado por Jonas Borges e Pedro Kaled circulou com 1.700 edições, enfrentando muitas dificuldades - como é comum na imprensa. Agora, com maiores recursos o "Castro Jornal" reaparece, tendo como diretor de redação o Sr. Geraldo Muniz e dois veteranos profissionais em sua equipe: Garcia Redondo e José Oswaldo de Almeida. xxx

O brasileiros som dos Violados

O Banco Nacional do Norte não poderia encontrar melhor maneira para mostrar que, como diz a sua publicidade, é um amigo na praça. Patrocinando a excursão do Quinteto Violado a cinco importantes cidades do Sul, o Banorte ofereceu oportunidade de uma grande faixa de espectadores conhecer musicas representativas da cultura popular do Nordeste, na interpretação de um grupo de instrumentistas que há cinco anos vem desenvolvendo um trabalho da maior validade.

O romance das serrarias

Com exceção de alguns contos do jornalista Domingos Pellegrini Júnior, de Londrina, até agora os escritores paranaenses não se voltaram a uma temática rica e fascinante: a conquista do Norte e Oeste, com sua lutas, aventuras e heroísmo na criação de cidades e colonização da terra. Material fascinante, a espera de quem queira contar em livros a saga dos colonizadores da região, estes ciclos - madeira, café e agora soja - tem condições de render excelentes livros. Só que ainda não foram escritos. xxx

Plante um milhão de pés de café (por dia)

O desafio é grande: plantar mais de um milhão de pés de café por dia. Exatamente, 130 milhões em apenas 120 dias. A cota estabelecida pelo IBC é de 130 milhões de pés-de-café a serem plantados no Paraná até o dia 31 de maio. Até agora, os cafeicultores paranaenses haviam planejado plantar apenas 8 milhões de pés. Para que não haja o déficit de 122 milhões de pés. Para que não haja o déficit de 122 milhões uma campanha promorcional, com investimento de mais de Cr$ 2 milhões, inicia no dia 28 de fevereiro, atingindo principalmente a região Norte do Estado. xxx

Das memórias de Viola ao frevo. É tempo de Carnaval

Feliz do País que tem talentos como Paulinho da Viola, um compositor-cantor - instrumentista que a cada ano dá um novo salto em criatividade, harmonia, inspiração, cada vez com raízes mais brasileiras, mais verde-amarelas (mas sem falsos ufanismos), valorizando a nossa melhor criação. Feliz também um País que tem novos talentos emergentes como Dalmo Castelo, que tem veteranos compositores como Mano Delcio da Viola, Duduca, Hernani de Alvarenga, Iracy Serra, Ismael Silva, Nelson Cavaquinho, Noel Rosa de Oliveira, Walter Rosa e tantos outros.

O bom ano de Zé Maria

Embora os ensaios de "O Exercício" já tenham entrado em fase final de ensaios, o ator-produtor José Maria Santos ainda não decidiu quando e onde fará a estreia desta peça do norte-americano Lewis John Carlino.

Maria Nicolas, mestre há 60 anos

Só mesmo pelo registro civil é que se pode acreditar que a professora Maria Nicolas completará este ano, em setembro 80 anos. Pois quem conhece essa curitibana nascida em 1897 e que foi mestre de várias gerações de paranaenses, não se surpreende mais com sua extraordinária vitalidade, pesquisando fatos de nossa história, escrevendo suas crônicas, contos infantis e poesias - e, nos fins de semana, em sua humilde residência, fazendo ternas e ingênuas pinturas, hoje já espalhadas por várias coleções particulares.

Brinquedos de Ontem

Houve uma época que não está tão distante assim - que as crianças faziam seus próprios brinquedos. É bem verdade que a cidade era diferente: nas ruas não haviam tantos automóveis, a cidade não tinha muitos prédios - a grande atração era o edifício Moreira Garcez, na Avenida Luiz Xavier, que com seus oito andares era o único "arranha-céu" de Curitiba e, mesmo no centro existiam muitos terrenos baldios.

O mestre Coelho

A semana começou triste para muitos jornalistas. A primeira notícia, ainda na madrugada de ontem, foi brutal e inesperada: o jornalista Carlos Coelho, 52 anos, havia morrido, de enfarte. Ontem, ao lado de seus colegas do "Diário do Paraná", para cuja chefia-de-redação havia retornado há alguns meses, reencontrou-se outra geração de profissionais da imprensa paranaense que, entre 1962/63, na sucursal da "Última Hora", aprendeu muito com as lições do baiano alto, óculos de aros brancos, e que a todos transmitiu muito do que ele sabia da difícil profissão. xxx

À Flor da Pele (I)

Na última seqüência de "À Flor da Pele" (Cine Rivoli, 2a semana, 4 sessões diárias), o professor Marcelo Fonseca (Juca de Oliveira) despede-se de sua aluna-amante, Verônica Prado (Denise Bandeira). A câmara filma os personagens entre as torres de microondas no terraço do edifício Itália, o mais alto ponto de São Paulo, e ouve-se apenas o monólogo de Verônica. Não há qualquer comunicação entre os dois personagens e enquanto Marcelo desce as escadas, Verônica é focalizada à dsitância - de uma tomada feita em helicóptero.

A Praça Adolpho de Oliveira Franco

O Michel é o restaurante mais caro do Brasil e está entre os mais sofisticados (e caros) do mundo. O grande endereço gastronômico do Rio de Janeiro, conta com uma faixa selecionada de clientes, tão ricos e fiéis que merecem inclusive o destaque de terem os seus nomes colocados em placas indicativas, nas paredes do restaurante - dando nomes as ruas, jardins, vilas, becos etc. xxx

À Flor da Pele (II)

Apesar de sua universidade - é um dos poucos filmes brasileiros com um interesse geral, sem o folclorismo regional, capaz de emocionar o espectador sensível e inteligente em qualquer país - "A Flor da Pele" (cine Rivoli, 4 sessões) é uma obra pessoal. Mas justamente Ramalho Júnior conseguir uma obra tão comunicativa, tão ampla, que emociona e entusiasma o espectador pelo seu approach, por sua linguagem, independente do bom acabamento técnico-artístico obtido.

Érico, o capelista

O pintor Érico da Silva, hoje um dos mais prósperos artistas plásticos brasieliros, vendeu sua mansão no jardim Santo Ignácio ao professor Samuel Alves Lago, um dos proprietários do Curso Positivo, e está aplicando os Cr$ 4 milhões recebidos em vários empreendimentos. Um deles foi a compra da antiga mansão do empreiteiro Osny Passos Ribeiro, na praça principal de Antonina, onde Érico vai passar a residir. Na tranqüilidade bucólica daquela cidade litorânea.

Fátima em fotonovela

Depois de Ary Fontoura, mais uma atriz paranaense começa a aparecer em telenovelas: Fátima Freire é "Marlene", ingênua personagem central de "Perdidas ilusões", produção da Central Bloch de Fotonovelas, que ocupa 12 páginas do número de "Sétimo Céu", nas bancas nesta semana. A personagem é uma moça que sai de Vitória, ES, e vai para o Rio em busca de emprego. Tem problemas e decepções amorosas e decide retornar à sua cidade natal. Fátima aparece morena e sem maquilagem nesta sua primeira fotonovela. xxx

Meire Rose, "marketing" canoro

Meire Rose (Rosemaire de Jesus Merlo) é uma cantora morena, tipo "mignon" que, acompanhado por sua vigilante mas simpática mãe, dona Maria, acostumou-se a freqüentar os programas de calouros desde os 5 anos. Passados 20 anos, mudou a voz e o repertório mas continua em busca de um sucesso que afinal começa a chegar.

As músicas do Carnaval (I)

Incrível mas verdadeiro: não chegam sequer a 50 as músicas gravadas para este Carnaval. Não é de hoje que musicalmente o Carnaval vem se transformando de uma festa catalisadora do meio musical brasileiro (leia-se carioca) em evento turístico-folclórico, mas o que aconteceu este ano é de merecer estudos mais aprofundados.

A opinião do Poeta

A propósito de "criança Meu Amor", o poeta Walmyr Ayala escreveu o seguinte: Criança meu Amor é uma preciosidade, enriquece a bibliografia pedagógica de hoje, ilumina o mundo infantil de novos sons e imagens. As professoras estão de parabéns: eis um livro que ensina amenamente, que equilibra o ensinamento com o simples desvendar de uma cortina de beleza, e não recusa o detalhe improvável mas profundo da fantasia. Num tempo de incremento de certa educação moral e cívica, eis o livro ideal: sem exagerado

Criança, meu amor

Sol, gato, coelhos, nuvens, flores e sobretudo a criança: eis o mundo recriado por Cecília Meireles em "Criança, Meu Amor", que a Nova Fronteira acaba de publicar.
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