Artigos por data (1984 - Dezembro)
El Khatib, o bom assessor de Richa
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 29 de dezembro de 1984
Se não fosse o dinamismo e o bom relacionamento do editor Faruk El Khatib, a passagem do governador José Richa por Washington, há duas semanas, não teria a divulgação que obteve. Afinal, governador em busca de financiamentos do BID é assunto corriqueiro, na Capital norte-americana, cuja independente e atuante imprensa busca os grandes acontecimentos. Entretanto, El Khatib conseguiu reunir, na suite do hotel em que se hospedou, nada menos do que 7 jornalistas brasileiros ali radicados - e mais uma redatora da UPI, para uma entrevista com Richa e o secretário Deny Schwartz, dos Transportes.
Neste Natal, mais uma vez se ouviu Haendel
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de dezembro de 1984
Com três apresentações de "O Messias" - oratório de Haendel, sob a regência do maestro Frederico Gerling Júnior e a participação da Orquestra Sinfônica da UFP e da Associação de Corais da Igreja Adventista do Sétimo Dia, o Teatro Guaíra encerrou as comemorações do seu centenário de fundação. Num lançamento dos mais oportunos - um verdadeiro presente de Natal aos que apreciam as grandes obras - a Polygran/Philips editou, há poucas semanas, um "Messias" (3lps, Cr$ 70.00,00), dirigido por John Eliot Gardiner, com a participação do Coro Monteverdi e do English Baroque Soloist.
O canto lírico
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de dezembro de 1984
Raramente os cantores líricos têm oportunidade de fazerem gravações no Brasil. Mesmo os bons valores não conseguem perpetuar suas vozes em discos, já que o mercado é restrito - ao menos em termos de produções nacionais. Por isto, dos mais significativos o fato da Barclay ter produzido um belo elepê com o tenor João Sabó, acompanhado pela Orquestra Sinfônica de São Paulo, sob a regência de Bruno Roccella.
As marcas musicais de 1984
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de dezembro de 1984
ENTRE os múltiplos aspectos retrospectivos de 1984, preferimos fazer 10 anotações sobre a área musical. De certa forma, complementam o grande ranking que tradicionalmente O ESTADO DO PARANÁ publica, a cada edição de fim de ano, e que hoje também está no suplemento CLÁUDIO (uma segunda parte, com o jazz poll, sairá na próxima semana). Na área de cinema, o levantamento dos melhores - na opinião de críticos e estudiosos e segundo as rendas - fornece uma síntese objetiva.
"Teorema", uma visão polêmica de Pasolini
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de dezembro de 1984
Aos poucos a Brasiliense está possibilitando que se conheça a obra do cineasta Pier Paolo Passolini, morto há 9 anos passados. Assim já publicou "Caos - Crônicas Políticas", "Diálogo - As últimas Palavras do Herege", "Amado Meu" e lançará brevemente "Regazzi di Vita" ("Rapazes da Vida"), na coleção "Circo de Letras" saiu o romance-roteiro de obra cinematográfica mais famosa deste intelectual italiano:"Teorema" (tradução de Fernando Travassos, capa de Ettore Bottini, 176 páginas).
A poesia de João Cabral
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de dezembro de 1984
Poeta maior - entre os cinco grandes da literatura brasileira - João Cabral de Melo Neto lançou um novo livro - "Auto do Frade" (Livraria José Olimpio Editora, 90 páginas), enquanto "Morte e Vida Severina", em 19 anos, chega agora em sua 20a edição - também lançada pela José Olympio. Como diz a própria editora, à primeira vista (mas só a primeira vista), a poesia de João Cabral de Melo Neto é "espantosamente simples".
"Max", um romance da Hollywood sem glamour
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de dezembro de 1984
No quarto capítulo de "O Refúgio dos Deuses", Garson Kanin fala de seu encontro com Casrl Laemmle (Laupheim, Alemanha - 1867 - Hollywood, USA, 1939). Emigrante que chegou aos Estados Unidos há um século, Laemmle foi aos Estados unidos há um século, Laemmle foi o pioneiro da exbição cinematográfica. Por um acaso, um dia foi procurado por um jovem interessado em alugar um grande depósito que possuía na Milwaukee Avenue, em Chigaco e ali instalar um primitivo cinema. Era o ano de 1906 e o improvisado cinema - com a novidade das figuras animadas nas telas - conquistaria o público.
Geléia Geral
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de dezembro de 1984
Uma agradável surpresa entre tantos lançamentos de novos intérpretes e compositores: João Fernando. Num elepê da Opus/Columbia, surge este vigoroso talento nordestino, com uma coleção de composições próprias - algumas em parceria com João Uchôa: "" Abrir Caminhos", "Cavalo do Tempo", "Estrela Guia", "Rosa de Sangue", "Estamos Chegando", "Seu Espaço", etc. Um autor que se diferencia e tem aquele "algo mais" que faz com que se aposte em sua carreira. Pena que não tenha encontrado, ainda, a promoção merecida.
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Aldir e Maurício, no melhor disco de 1984
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de dezembro de 1984
Há quatro anos, Maurício Tapajós (Rio de Janeiro, 27.12.1943), dono já de uma sólida obra com ilustres parceiros - paralelamente a uma das mais lúcidas e corajosas lutas em defesa dos direitos autorais - gravou um elepê como intérprete ("Olha Aí", produção da Sociedade de Artistas e Compositores Independentes Ltda.). No primeiro semestre de 1984, Maurício voltou aos estúdios para fazer um álbum duplo, - desta vez registrando a parceria com Aldir Blanc e realizando aquele que é, em nossa opinião, o melhor disco produzido no Brasil em 1984.
A tradução em questão
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de dezembro de 1984
Questiona-se muito o trabalho do tradutor no Brasil. Citando-se a expressão italiana - tradutore traditori - que acusa aos profissionais que possibilitam milhões de leitores que não tem acesso às edições originais conhecer desde os clássicos até os mais supérfluos best-sellers. Culpados ou inocentes, os tradutores também amargam muitas queixas: um trabalho raramente valorizado, mau gosto enquanto o edito (e o autor) lucram com a s reedições, eles ficam apenas com o fixo pré-estabelecido. Obviamente, hoje as coisas mudaram e os tradutores já participam também dos resultados das reedições.
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